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Big Mac do Brasil é o quinto mais caro do mundo

O custo do lanche no País só é menor do que na Suécia, na Suíça, na Venezuela e na Noruega

Por Gustavo Santos Ferreira
Atualização:

Atualizado às 20 horas e 26 minutos

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O Brasil tem o quinto Big Mac mais caro do mundo - informou nesta sexta-feira a revista The Economist, responsável por divulgar semestralmente o chamado Índice Big Mac. O lanche vendido aqui só é mais barato do que na Suécia, na Suíça, na Venezuela e na Noruega.

O ranking da revista inglesa ajuda a medir, a partir do preço praticado nas vendas do carro-chefe do McDonald's em 57 economias, quanto uma moeda está sub ou sobrevalorizada em relação ao dólar.

 Foto: Estadão

Por aqui, o sanduíche é vendido por US$ 5,28 (R$ 11,99); nos Estados Unidos, por exemplo, sai por US$ 4,56 (R$ 10,35).

Em dezembro, com o dólar comercial cotado a R$ 2,05, o Big Mac no País era 30% mais caro do que para o consumidor americano. Agora, passados mais de 6 meses e com uma depreciação do real em relação ao dólar superior a 11%, essa diferença caiu para 16%. Na prática, significa que a moeda brasileira, mesmo em franca desvalorização em 2013, prossegue bastante sobrevalorizada quando comparada ao dólar.

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(Para que fosse calculado o Índice Big Mac do Brasil no primeiro semestre deste ano, foi considerado o dólar comercial cotado a R$ 2,27.)

 Foto: Estadão

Além disso, conclui-se que o dinheiro nas mãos do consumidor do Brasil tem poder de compra menor do que o das moedas que circulam em 52 países em que o Big Mac é mais barato.

Sim, porque a questão não é apenas cambial - vale lembrar. A partir desse índice, pode-se mensurar o alto custo Brasil de um modo geral.

Ora, o Big Mac é comercializado em qualquer lugar do mundo, certo? E é também em qualquer ponto do globo feito com os mesmo ingredientes, seja em São Paulo, Tóquio, Moscou ou Nova Deli - a capital da Índia, por sinal, onde boa parte da população não come carne, tem o lanche mais barato: US$ 1,50.

Nessas condições, ao analisarmos os preços do Big Mac em 57 países, temos boa noção de custos de produção pelo mundo. Ou seja, embora o câmbio importe muito, entram na conta ainda inflação, impostos, gastos com energia, mão de obra e demais tantos fatores peculiares de cada economia - que, no caso da brasileira, estão lá no alto.

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