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Serasa explica crescimento da inadimplência

A Serasa diz que o número total de inadimplentes, que agrega pessoas jurídicas e físicas, cresceu 16,9%, entre janeiro e maio de 2001, em relação ao mesmo período de 2000.

Por Agencia Estado
Atualização:

O assessor econômico da Serasa, empresa de análises e informações econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e de negócios, Carlos Henrique de Almeida, afirma que houve um crescimento do número de inadimplentes, entre janeiro e maio de 2001, em comparação ao mesmo período do ano passado. Tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, o total de protestos foi de 16,9%. Apenas nas pessoas jurídicas esse aumento foi de 19,6%. Para as físicas a elevação foi de 10,6%. De maneira geral, o assessor atribui o alto número de inadimplentes ao "alongamento dos prazos de pagamento e financiamento". Para ele, esse fator pode provocar o acúmulo de dívidas. Para o consumidor que opta pela compra a prazo, geralmente a falta de administração provoca o débito. Já para o comerciante, financiamentos mais longos exigem uma metodologia adequada e uma maior verificação de dados do cliente, o que, na prática, deixa de ocorrer. Cheque sem fundo A Serasa realizou um estudo mostrando que o volume de cheques devolvidos por falta de fundos (em relação ao total de compensados) em maio de 2001 teve um aumento de 36,9% em relação a maio do ano passado. De acordo com o levantamento, nesse período foram 14,1 cheques devolvidos a cada mil compensados, a maior marca já registrada desde 1991, ano em que foi criado o índice. O recorde anterior foi alcançado em março deste ano, que fechou em 13,9 cheques devolvidos em cada mil compensados. O total de cheques sem fundos nos primeiros cinco meses do ano é o maior desde 1991. No acumulado de janeiro a maio de 2001 foram devolvidos, em média, 12,5 cheques em cada mil compensados. No ano passado, a média foi de 10,2 devoluções no mesmo período. Segundo o assessor econômico da Serasa, o aumento do volume de cheques sem fundos no acumulado de 2001 tem duas razões. A primeira se refere à evolução da atividade econômica, que apresentou ritmo crescente desde o último trimestre de 2000, ou seja, a elevação do volume de transações implica em acréscimo na inadimplência, ainda que não na mesma proporção. O segundo fator que contribuiu para o aumento da inadimplência foi a prática de maiores prazos na aceitação do cheque pré-datado. Este fator pode ser apontado como o principal causador da inadimplência. Veja no link abaixo matérias sobre o perfil do inadimplente e orientações da ACSP para o consumidor que deseja regularizar a sua situação.

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