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Setor prepara proposta para levar ao novo governo

Por Renée Pereira
Atualização:

O avanço das importações colocou a indústria de material de construção em estado de alerta. Os produtores temem que o movimento crescente de compras no exterior desestimule novos investimentos na produção e, no médio e longo prazos, provoque uma desindustrialização no setor. Por isso, eles já iniciaram a elaboração de uma proposta que será encaminhada ao governo.No material, eles vão m0strar a importância do setor de construção para o País e como a entrada de produtos nacionais vem aumentando de forma acelerada nos últimos anos. Com base nos dados da FGV Projetos, a importação de aços longos, em dólar, cresceu 303% entre 2005 e 2009; cimento, 113%; lâmpadas, 139%; vidros, 127%; metais sanitários, 67%; e material plástico, 100%.O presidente da Abramat, Melvyn Fox, diz que o objetivo da proposta não será pedir tarifas de importação, mas reivindicar a redução do custo Brasil. "Nosso sistema tributário é muito pesado e atrapalha nossa competitividade diante de um país como a China, por exemplo." Outro alvo de reclamação é o custo da energia elétrica, extremamente elevada para a indústria.Por enquanto, diz o executivo, as importações não provocaram um movimento de redução dos investimento, até porque o mercado doméstico está muito aquecido. Mas, se o volume continuar aumentando, poderá haver um desestímulo. Segundo ele, este ano o setor deverá crescer 15% e, em 2011, 12%. Em seis anos, o faturamento do setor vai alcançar R$ 188 bilhões - quase o dobro do verificado este ano, de R$ 96 bilhões. "A indústria nacional tem de se estruturar bem para não perder este mercado para os estrangeiros. A solução é melhorar o custo do produtor", avalia Fox.

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