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O blog do Caderno de Oportunidades

Tecnologias ajudam negócios a reduzir custos

Mercado oferece soluções para que empresários do varejo economizem tempo, dinheiro e aumentem taxa de conversão

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Atualização:

Stefan Rehm, sócio da Intelipost Foto: Estadão

Como funcionário de um fundo de investimento alemão, em 2013, Stefan Rehm veio ao Brasil instalar um escritório da empresa. "Os primeiros negócios apoiados pelo fundo foram duas lojas virtuais. Neste processo, percebi que a logística por aqui era bem mais difícil do que na Alemanha. Além da complexidade geográfica, faltava otimização de processos e padronizações", diz.

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Foi assim que teve a ideia de criar um software para solucionar esses problemas. "Depois de testar a ferramenta nas duas lojas virtuais, fiz ajustes e lancei a Intelipost, no início de 2014."

A plataforma tem mais de 300 transportadoras integradas e permite que outras sejam adicionadas. A ferramenta identifica opções de transportadoras disponíveis e destaca a que tem melhor preço e prazo. O cálculo do frete é feito online, de acordo com as características do pedido e a região de destino.

Ele diz que a demanda é crescente. "Mesmo com a crise estamos contratando funcionários e o faturamento está aumentando. Isto vem ocorrendo porque a nossa ferramenta propicia corte de custos."

Rehm conta que os principais benefícios do software são redução de custos operacionais de frete e de administração de logística. "Ao adotar a ferramenta, a empresa elimina processos manuais com os quais gasta muito dinheiro", afirma.

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O empresário, de 28 anos, afirma que seu modelo de negócio é diferenciado, já que o cliente não precisa comprar a ferramenta, e só paga pelo uso. "Se usar bastante, paga mais. O fato de não ter custo inicial tem facilitado nossa penetração no mercado." O negócio tem 23 funcionários, mais de 60 clientes e cresce entre 20% e 30% ao mês.

Um dos usuários do software da Intelipost é o e-commerce de vinhos Evino. "A ferramenta agrega várias tabelas de preços de transportadoras e faz comparações em tempo real. Mas a negociação final é feita pelo meu time", diz um dos sócios, Ari Gorenstein.

Os donos da loja online Evino, Marcos Leal (em pé ) e Ari Gorenstein Foto: Estadão

Segundo ele, até o momento reduziu em 6% o custo com logística e a meta é reduzir ainda mais. "A ferramenta é muito simples de ser usada e customizada, além de ser simples analisar os dados. Ela nos permite economizar recursos com o time de tecnologia, que pode trabalhar na criação de novas funcionalidades para alavancar as vendas", afirma.

O dono da loja virtual de óculos Evoke, Demian Salomão conta que a marca está no mercado desde 2001, mas sua família trabalha no ramo há quatro gerações. "Além do comércio online, a Evoke distribui para dois mil pontos de vendas. Os modelos são desenvolvidos por nós e fabricados na Itália."

O empresário conta que desde 2013 utiliza os serviços da empresa de pesquisa mobile PiniOn. "Solicitamos o serviço de acordo com a necessidade e tem funcionado muito bem. Agora, tomamos decisões mais assertivas. É um bom apoio e obtemos respostas quase em tempo real, o que é ótimo para acompanhar as mudanças rápidas que ocorrem no mercado."

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Salomão diz que já fez estudo para entender os hábitos de consumo de óculos no Brasil, o tipo de modelo que as pessoas mais gostam, como o público avalia a marca e o preço cobrado, análise de concorrentes, e de tendências da moda.

Os fundadores da PiniOn, Eduardo Grimberg e Theo Hamaoui, afirmam que a solução pode ajudar pequenos negócios, principalmente porque a pesquisa é feita de forma muito mais rápida e barata do que o modelo tradicional. "Neste momento de crise, este é um jeito de economizar e continuar tendo informações muito ricas em relação ao público alvo."

Eduardo Grimberg, sócio da PiniOn Foto: Estadão

Eles contam que a plataforma combina tecnologia mobile e o crowdsourcing (processo de obtenção de serviços, ideias e opinião por meio da contribuição de um grupo variado de pessoas). "As pesquisas ocorrem entre pessoas cadastradas em nosso aplicativo. Até o momento, temos 180 mil cadastros", afirma Grinberg.

Ele diz que as pessoas são convocadas para executar missões rápidas. "Ao completar uma missão com sucesso, elas são remuneradas por isso. Ao mesmo tempo, ajudam as marcas a entender o seu posicionamento. Oferecemos uma solução completa, desde a coleta de dados e confecção de questionários até a análise do resultado e produção de relatório", diz Hamaoui.

Grinberg afirma que a demanda maior vem das grandes. "Mas estamos começando a ter uma procura alta de pequenos negócios e startups." A PiniOn tem 19 funcionários e faturou R$ 1,5 milhão em 2014. "Neste ano, esperamos triplicar o valor", diz.

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Gestão inteligente para as lojas físicas

Depois de trabalhar em e-commerce e de criar uma empresa para desenvolver infraestrutura para lojas virtuais, Francisco Forbes notou que o comércio online dispõe de inúmeras ferramentas para monitorar o negócio, o que não ocorre com as lojas físicas.

"Quando conversava com varejistas que queriam melhorar sua operação no e-commerce, eles ficavam surpresos ao saber que era possível monitorar a taxa de conversão, o número de pessoas que passaram pelo site, de onde elas vieram, os produtos com mais saída etc. Mas era quase impossível pensar em taxa de conversão para loja física, porque alguns gestores nem conhecem o conceito."

Francisco Forbes. CEO da Seed Digital Foto: Estadão

Ele afirma que muitos varejistas ainda trabalham olhando só o resultado de vendas. "Isso gera certa cegueira, principalmente em tempo de crise, porque muitas lojas não perderam o fluxo de clientes, mas perderam vendas. Então, o problema está na taxa de conversão. As pessoas estão comprando menos."

Com o propósito de levar para as lojas físicas a mesma inteligência usada na gestão de lojas digitais, Forbes criou a Seed Digital. "Usamos sensores parecidos com câmeras que realizam análise biométrica. Após instalar os equipamentos, o lojista pode analisar quantas pessoas entraram no local, o sexo e a faixa etária, as áreas mais quentes da loja, o percurso realizado pelo cliente, e o local onde ele ficou mais tempo.

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O empresário diz que as informações são cruzadas com o resultado do caixa. "A partir destes dados, analisamos quais são os fatores que impulsionam ou reprimem as vendas."

Em atividade há pouco mais de um ano, a Seed começou atendendo negócios de médio e grande porte. "Mas estamos tendo adesão e procura de muitos negócios pequenos. No segundo semestre, inclusive, vamos criar uma área só para atender pequenos varejistas."

Com seis unidades no litoral norte, a Rensz Calçados usa a ferramenta há alguns meses. "Ela nos permite obter muitas informações. Consigo ver a taxa de conversação por loja e por horário, e comparar com o histórico de outras semanas. Assim, posso fazer uma ação promocional nos melhores horários, ou remanejar pessoas em horário que é fraco em um ponto, para outro com maior movimento", diz o coaching da empresa, Fernando Matos.

Ele acrescenta que a ferramenta também conta o número de pessoas que passam pela calçada e a quantidade de pessoas que entram no estabelecimento. "Consigo, até, cruzar essas informações com um canal meteorológico e saber o impacto do clima nas vendas."

Matos diz que a ferramenta é perfeita para quem trabalha com varejo e necessita de informações precisas e rápidas para tomar decisões ágeis.

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