Hoje eu li texto no linkedin que me fez sorrir (o que, confesso, não é tão fácil, pois acho muitos textos bastante genéricos).
Era uma anedota sobre um pai (o autor) tentando ensinar uma lição para o filho. No final da história, o filho interpretou o conselho de maneira não esperada, e prometeu que se batesse num amiguinho, iria pedir desculpas. Achei engraçado.
Daí, em seguida, questionei: "Será que isso foi escrito pelo autor mesmo ou por um chatgpt"?
E imediatamente, meu apreço pelo texto murchou. Objetivamente, nada tinha ocorrido. A história continuava engraçada. Mas pensar na possiblidade de que tivesse sido escrito por uma inteligência artificial tirou o mérito dela para mim.
Achei curiosa essa minha reação. Pois, pensando bem, hoje em dia, esse recurso já é muito usado. Ou seja, eu já devo consumir muitos textos escritos por IA, sem saber.
Não sei se estou sendo antiquada, mas gosto da sensação de estar tendo uma troca humano com humano. Ou de sentir que isso é "de verdade". Talvez daí o meu apreço por documentários ou histórias "baseadas em fatos reais".
Enfim, me sentindo um pouco melancólica e quase pré-saudosista pensando no futuro que nos espera.
Sei que a IA pode produzir textos até mais interessantes, didáticos, engraçados do que nós humanos, então o prazer da leitura deveria ser igual. Mas não é.
Não sei muito bem o que fazer com essa reflexão pois lutar contra essa tendência é impossível. Por ora, compartilho aqui meus pensamentos, sem grandes pretensões, visando quiçá entender o que outras pessoas estão pensando sobre o assunto.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
