O contrato previa a adoção de vários procedimentos de segurança no ambiente da gráfica, como portões automatizados, portaria com blindagem e central de monitoramento para a operação, com vigilantes distribuídos a cada 100 metros quadrados da área de impressão. Além disso, o documento determinava que os funcionários teriam de usar uniforme sem bolsos.
O resultado do pregão eletrônico para impressão da prova saiu no Diário Oficial da União em 9 de setembro, menos de dois meses antes do Enem. A licitação foi alvo de batalha judicial entre o Inep e uma das gráficas concorrentes, a Plural. Por isso, a pré-impressão (versão preliminar, passível de revisão) do exame começou com atraso de quase um mês.
No ano passado, depois do vazamento da prova da gráfica do Plural e do cancelamento do Enem, a RR Donnelley foi escolhida para a impressão do exame. Em um ano, o valor do contrato aumentou 115,66%. O MEC atribuiu a diferença de preço ao fato de a licitação contemplar duas edições do Enem e à necessidade de imprimir mais cadernos, porque o número de inscritos subiu de 4,1 milhões para 4,6 milhões em relação a 2009.