SÃO PAULO - O tenente-coronel José Luiz de Souza, comandante do 16º batalhão da Polícia Militar, disse agora há pouco, perto do prédio da Reitoria da USP, que a manifestação contra a PM é de uma minoria. "Percebo isso pela quantidade de pessoas que circulam no câmpus e procuram nosso trabalho", afirmou.
Para o comandante, que estava no câmpus na noite de quinta-feira, não houve excesso na abordagem da PM. "A abordagem é um recurso, previsto na Constituição, que a polícia usa para reprimir ilícitos. Ela é feita a partir do critério de suspeição. Na quinta, a PM esgotou todos os meios de negociação. A partir do momento em que houve cerco às viaturas, a PM usou a força necessária para garantir a segurança dos próprios policias, dos estudantes, e da imprensa", contou.
Para o tenente-coronel, o trabalho da PM no câmpus é o de "prevenção de delitos, como acontece em todo o Estado". Mas, segundo ele, "aqui na USP temos características diferenciadas com relação ao público que frequenta o câmpus e às características físicas do local". Souza lembrou que o trabalho da PM foi intensificado já em março, por causa da incidência de furtos a pessoas e veículos. Os crimes na USP caíram desde o convênio celebrado com a PM.