Nesta quinta, 9, Anitta não poupou palavras contra a Warner Music Latina, gravadora da qual faz parte. A cantora usou a imagem de um post que a empresa fez em homenagem ao Dia das Mulheres para tecer duras críticas.
Em inglês, a dona do hit Envolver falou sobre a comunicação da empresa e sobre usarem o single na publicação. “Usando ao fundo uma música que eles disseram que não ia estourar sem um feat porque eu não era forte o suficiente para isso”, escreveu nos stories.
Em seguida, a artista comentou que está tentando encerrar seu contrato com a gravadora, algo que ela já havia comentado no início de fevereiro, quando demonstrou o interesse em deixar a empresa. “No Dia das Mulheres, em vez de post fofo eu adoraria ter o CEO fazendo o que ele me prometeu um mês atrás, depois de eu ter perguntado quanto custaria encerrar o contrato e ele disse que isso não aconteceria”, destaca.
Entretanto, Anitta não é a primeira artista que trouxe a público desentendimentos com a sua gravadora. Outras personalidades da música nacional e internacional também expuseram suas desavenças com empresas que cuidam da carreira musical. Relembre:
Luísa Sonza
Recentemente, Luísa Sonza gravou uma sequência de vídeos no Instagram para protestar contra a Universal Music. A cantora se revoltou com o fato da gravadora não liberar seu projeto ao vivo de Doce 22.
Em lágrimas, a artista desabafou. “Eu só quero que esse ao vivo saia. Eu só queria ter o ao vivo do meu show, de Doce 22. [...] Vocês sabem tudo o que eu vivi. Só queria uma celebração [...] e os caras, simplesmente, não liberam. O que custa? Isso é uma obra minha! Isso é uma coisa minha! Eu dou todo o dinheiro que eles quiserem, tudo o que eles quiserem”.
Atualmente na Sony Music, Luísa contou que, tanto ela quanto a empresa, estão dispostos a deixar os direitos de Doce 22 com a Universal Music. Procurada pelo Estadão, a Universal Music não se manifestou sobre o assunto.
Taylor Swift
Em 2019, Taylor Swift ficou chateada quando descobriu que Big Machine Records vendeu os direitos sobre os seus seis primeiros álbuns. Isso aconteceu após o empresário Scooter Braun comprar a gravadora, cujo dono era Scott Borchetta.
Na época, em seu Tumblr, a cantora escreveu que não teve a oportunidade de comprar suas próprias produções e chegou a receber uma proposta para tê-las de volta, mas recusou. “Scooter me tirou o trabalho da minha vida, que eu não tive a oportunidade de comprar. Essencialmente, meu legado musical está prestes a ficar nas mãos de alguém que tentou desmantelá-lo”, disse ela, que revelou ter sido alvo de bullying por parte do empresário, acusando ele de ser manipulador.
Michael Jackson
Em 2002, Michael Jackson criticou publicamente a Sony Music por achar que a gravadora não promoveu como devia seu disco Invincible. O eterno Rei do Pop chegou a organizar uma manifestação pública contra a empresa e chamou Tommy Mottola, então chefe da Sony, de racista.
O cantor alegou as gravadoras, em geral, tratavam seus artistas muito mal, principalmente os negros e que muitos foram manipulados. Ele também reclamou que a Sony não tinha lançado What More Can I Give - lançada em 2003 -, canção beneficente gravada por ele com nomes como Mariah Carey e Ricky Martin, que tinha o objetivo de ajudar financeiramente as famílias das vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro.
Kesha
Kesha travou por anos uma batalha judicial contra a Sony Music e sua subsidiária Kemosabe Records, cujo proprietário na época era o produtor Dr. Luke. Em 2014, a artista entrou com um processo de abuso sexual e emocional contra Luke. Ele negou as acusações.
Em agosto de 2016, a cantora desistiu do processo. “Kesha desistiu de sua ação na Califórnia sem prejuízos enquanto vai atrás de seu apelo e de outras reclamações legais na corte de Nova York. Kesha está focada em voltar ao trabalho e entregou 28 novas músicas para a gravadora. Nos mudamos para a Sony Music e Kesha tem um grande desejo em lançar seu próximo álbum e seu próximo single o quanto antes possível”, disse o advogado da cantora, Daniel Petrocelli, ao site Entertainment Weekly.
Halsey
Em maio de 2022, a cantora Halsey alegou que foi impedida por sua gravadora de lançar uma música. Segundo ela, a justificativa dada pela empresa foi que a canção não se encaixava em uma estratégia de viralização no TikTok.
“Basicamente, eu tenho uma música que eu amo e eu quero lançar urgentemente, mas minha gravadora não deixa. Eu estou nesta indústria há oito anos, eu vendi mais de 165 milhões de discos e minha gravadora está dizendo que eu não posso lançar a menos que eles possam inventar um momento viral no TikTok”, desabafou.