A vontade de jogar basquete foi crescendo em Arlindo Gomes Baltazar Neto em 98, enquanto acompanhava as transmissões da NBA pela TV Bandeirantes. “As sextas-feiras à noite eram sagradas. Eu e meus amigos nos reuníamos ora na casa de um, ora na de outro. Aos sábados era a mesma coisa: tinha de ver o (programa) NBA Action.” O ala/armador, hoje um dos maiores destaques do Palmeiras/Meltex no NBB carregando o nome Neto na camisa, lembra com detalhes das finais daquela temporada, que apresentaram o Chicago Bulls de Michael Jordan e Scottie Pippen de um lado e o Utah Jazz de John Stockton e Karl Malone do outro. O problema é que, ao lado de Arlindo, não havia praticamente nada. Morando em Vilhena, no interior de Rondônia, o garoto de 12 anos e seu grupo de amigos trataram, na base do mutirão, de reformar a quadra do Centro Social Urbano. “Naquele ginásio chovia mais dentro do que fora. Mas a gente cuidou dele: pintamos as linhas, arrumamos o aro, e o pai de um dos meninos, que era marceneiro, consertou as tabelas.”
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