Maior campeão da história da NBA com onze títulos (duas sendo jogador e técnico ao mesmo tempo), o ex-jogador de basquete Bill Russell se tornou mais uma das lendas do esporte a se manifestar sobre os protestos contra o racismo e a violência policial que tomaram conta dos Estados Unidos. O ídolo do Boston Celtics, defendeu o ato de se ajoelhar durante o hino nacional e criticou diretamente o presidente do país norte-americano, Donald Trump.
"Trump, você projetou sua narrativa de que se ajoelhar é desrespeitoso e antiamericano. Nunca foi sobre isso. Você é uma pessoa que divide e um covarde. Precisa coragem para lutar pelo certo e arriscar sua vida no meio de uma pandemia", escreveu Russell em seu twitter.
O ato de se ajoelhar durante o hino começou a ser usado como forma de protestar em 2016, pelo jogador de futebol americano Colin Kaepernick, então no San Francisco 49ers. A intenção do atleta era se posicionar contra uma série de assassinatos de pessoas negras, muitos cometidos por policiais. Depois, o ato passou a ser repetido por colegas de Kaepernick e jogadores de outras franquias e esportes.
Em 2020, após o policial da cidade de Minneapolis Derek Chauvin assassinar o homem negro de 41 anos George Floyd ajoelhando no pescoço dele, uma série de protestos se espalharam pelos Estados Unidos e o ato de Kaepernick foi novamente lembrado. Alguns atletas o defenderam, como LeBron James e agora Bill Russell; outros, como o quarterback do New Orleans Saints Drew Brees, o criticaram, considerando-o um desrespeito aos símbolos nacionais dos Estados Unidos - posição também tomada pelo presidente Donald Trump.