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Abel Ferreira explica declaração e critica parte da imprensa: 'Só pode ser má fé'

Antes do jogo contra o Flamengo, treinador do Palmeiras comentou cultura de troca de treinadores no futebol brasileiro e frase sobre estar à espera de ser demitido deixou torcedores preocupados

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Por Redação

Após a derrota do Palmeiras para o Flamengo na estreia do Campeonato Brasileiro, o técnico Abel Ferreira tratou de colocar panos quentes sobre uma declaração em que dizia estar à espera de ser demitido. O português criticou a maneira como a imprensa interpreta suas falas e relembrou que, na final do Campeonato Paulista Sicredi 2021, elogiou o campeão São Paulo, mas não teve suas declarações inteiramente divulgadas.

"O que eu sinto é que o português de Portugal é diferente do português daqui. Depois da final, dei parabéns ao São Paulo, equipe técnica e jogadores. Mas ninguém passou isso. Cortaram e passaram. Acho que tenho que começar a falar mais devagar. A declaração (sobre ser despedido) era dentro de um contexto. Nesse contexto, a pergunta foi feita se eu estava chateado com as críticas, com o futebol brasileiro, eu contextualizei e disse que sou grato ao futebol brasileiro, foi aqui que ganhei meus títulos, só tinha treinado clubes de média dimensão", explicou o técnico palmeirense.

Abel Ferreira orienta seus comandados na estreia do Brasileirão Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

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Ainda sobre suas falas após a perda do Paulistão, Abel Ferreira disse ver má fé ao ter repercutida apenas a parte em que destacava que o jogo esteve em pé de igualdade e que o São Paulo não foi superior ao Palmeiras ao longo da final.

"Tenho pena de alguns da imprensa, não posso colocar todos no mesmo saco, pois alguns passam a mensagem de forma correta. Sei que para ter cliques, tem que ser sensacionalista e dramático. Vou continuar o trabalho. Fiquei externamente aborrecido porque não passaram os últimos 30 segundos da coletiva de imprensa depois de perder para o São Paulo. Só pode ser de má fé. Ou não sei. Mas eu falo para os jogadores: tudo o que vem de fora tem que nos tornar mais fortes", disse o português.

Antes do duelo deste domingo contra o Flamengo, Abel Ferreira fez declarações que pegaram o torcedor do Palmeiras de surpresa. Perguntado sobre a frequente troca de treinadores do futebol brasileiro, o português ressaltou que suas únicas conquistas na função foram no Brasil e agradeceu o apoio dado pelo clube e pelo presidente Maurício Galiotte.

"Serei eternamente grato ao futebol brasileiro, ao jogador brasileiro, aos meus jogadores de forma muito especifica. E mais especifica ainda ao Palmeiras. E mais especifica ainda ao Galiotte, presidente que apostou em um treinador sem títulos. Estou à espera de ser despedido. Estou mesmo à espera. Ainda hoje minha filha mais nova faz dez anos, faz a primeira comunhão, e eu estou do outro lado do Atlântico pagando um preço para continuar a triunfar. É isso que quero fazer", afirmou Abel.

Na leitura de jogo sobre a derrota para o Flamengo, neste domingo, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro,  o técnico do Palmeiras disse que o seu time foi bem no primeiro tempo, criou mais chances e teve a posse de bola, mas não conseguiu chegar ao gol.

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Para o português, o que realmente definiu a partida foi a qualidade individual do Flamengo, principalmente com as jogadas de Bruno Henrique. Foi dos pés do atacante que saíram os dribles seguidos de uma assistência na medida para Pedro finalizar e dar à vitória aos donos da casa.

"No primeiro tempo, um jogo muito equilibrado entre as boas equipes, mas a oportunidade flagrante foi nossa, com o goleiro do Flamengo fazendo uma grande defesa. Fomos nós que finalizamos, seis contra três. Mas a qualidade individual de um jogador foi o que definiu: aproveitou, se viu livre da marcação e o Flamengo conseguiu o gol da partida", disse Abel Ferreira.

Com a queda de ritmo no segundo tempo, o técnico do Palmeiras admitiu o fraco rendimento de sua equipe e que o Flamengo se aproveitou disso para controlar a partida. Segundo ele, as alterações feitas na etapa final foram para dar velocidade e refrescar a equipe, mas, novamente, destacou a qualidade individual como fator de decisão para a derrota.

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"A partir daí o Flamengo controlou a partida. Na primeira parte, não conseguimos fazer o gol e na segunda o Flamengo foi melhor. Busquei com (Gustavo) Scarpa para termos a bola e a técnica, com o Zé Rafael o intuito era ter progressão e com o Wesley, criatividade e o drible, mas os adversários foram capazes de anular nossas peças", resumiu o treinador, em conclusão após o revés contra o rival carioca, que aumentou a invencibilidade contra o Palmeiras em oito jogos sem perder.

Para a próxima partida, o Palmeiras tentará alcançar os três primeiros pontos no Brasileirão contra a Chapecoense, dentro de casa, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, no domingo que vem. Mas nesta quinta-feira tem o duelo contra o CRB, em Alagoas, pela rodada de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

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