PUBLICIDADE

Árbitros terão de freqüentar a 'Escolinha da CBF'

Juízes e assistentes reprovados em prova teórica passarão por uma 'reciclagem' para poderem atuar

PUBLICIDADE

Os árbitros que tiraram notas baixas na prova teórica aplicada pela CBF terão vida dura daqui para frente. Ao todo, 96 juízes e bandeirinhas (23% do total) tiraram notas abaixo de 5,5 na avaliação, realizada em agosto. Destes, 36 não conseguiram sequer tirar nota 5, numa prova com 20 questões de múltipla escolha sobre regras de futebol. Agora, terão de passar por uma "reciclagem", caso queiram voltar a trabalhar para a CBF. "Eles vão passar por um curso intensivo de arbitragem", avisou o presidente interino da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa da Silva. O curso será realizado nas federações estaduais, entre 10 setembro e 8 de outubro. Serão duas sessões semanais, de três horas cada, com chamada e tudo. "Depois disso, eles farão uma nova avaliação. Se tiverem melhorado, poderão voltar aos sorteios", explicou o dirigente. Os 60 juízes e auxiliares que obtiveram notas entre 5 e 5,5 também foram afastados dos sorteios dos jogos, mas poderão voltar se conseguirem nota 7 (no mínimo) na próxima prova, a ser realizada no dia 14 de setembro. Já os 104 profissionais com notas de 6 ou 6,5 seguem na escala, mas também terão de tirar pelo menos 7 na avaliação da semana que vem. "Essa é uma primeira medida de impacto, para que eles acordem", revelou o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. "Todo mundo gosta de ser árbitro ou auxiliar, mas é preciso mais do que isso. Tem de fazer por merecer, respeitar o público." Apesar de apenas 45,1% do total tirar nota acima de 7, Sérgio Corrêa da Silva considerou o resultado satisfatório. "Em se tratando da nossa expectativa, até que ficou adequada", comentou o dirigente. "Mas, para as exigências do futebol moderno, é claro que poderia ter sido melhor." Sérgio Corrêa da Silva também faz questão de defender as arbitragens deste Campeonato Brasileiro, que todos os dias recebem novas críticas. "É importante que os clubes parem de reclamar e comecem a ajudar", disse. Dados extra-oficiais da CBF indicam que o investimento em arbitragem em 2006 foi de R$ 500 mil. "Se quisermos exigir melhores juízes, os clubes vão ter de ajudar financeiramente", emendou Sérgio Corrêa da Silva.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.