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Elenco, estádio e mais: veja 4 objetivos e desafios de Marcelo Teixeira na presidência do Santos

Novo presidente projeta contratação de reforços e adota Pacaembu para ‘reformar’ Vila Belmiro mesmo com o clube na Série B

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Por Redação
Atualização:

Eleito para o cargo de presidente do Santos para o próximo triênio com 53% das urnas (4.762 votos), Marcelo Teixeira fez um discurso objetivo. Ele abordou dois assuntos importantes: a necessidade urgente de formar um time forte já para a disputa do Campeonato Paulista e a utilização o Pacaembu como casa santista a partir de 2024, a fim de iniciar as obras no estádio da Vila Belmiro.

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Além das metas já previstas para a gestão, o desafio mais imediato é algo inédito na história do Santos: conseguir o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Com o clube rebaixado pela primeira vez, a “medida inicial” do novo presidente foi “aposentar” a camisa 10, do Rei Pelé, durante a disputa da Série B. No atual elenco, o número é utilizado pelo meia Soteldo.

Marcelo Teixeira comandou o Santos pela primeira vez em 1992, ficando até o ano seguinte. Voltou a comandar o clube de 2000 a 2009, quando foram conquistados o bicampeonato brasileiro (2002 e 2004) e do Paulistão (2006 e 2007). Em 2003, o time da Vila também foi vice-campeão da Libertadores, perdendo para o Boca Juniors na final.

Marcelo Teixeira, presidente eleito do Santos, durante as eleições no sábado, na Vila Belmiro. Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Construção do novo estádio e jogos no Pacaembu

O novo mandatário deu sinal verde para a construtora WTorre iniciar os trabalhos independentemente de o clube ter sido rebaixado à Série B. A prioridade agora é que o projeto saia do papel para começar a ser executado o mais rápido possível.

“Conversamos esta semana com o CEO da WTorre. Queremos dar entrada na prefeitura. A Arena será a nossa prioridade. Nós vamos tirar a Vila Belmiro dos jogos. Temos a carta de intenção do Pacaembu, assim como também outras arenas espalhadas pelo Brasil”, afirmou Marcelo Teixeira.

O Pacaembu, que também passa por obras, tem uma previsão de reinauguração no final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, que acontece em 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo.

Reformulação do elenco e preocupação com o Paulista

Em sua primeira entrevista coletiva, Marcelo Teixeira falou da necessidade de iniciar logo uma reformulação no elenco. Ter uma equipe competitiva já no Campeonato Paulista é uma das metas prioritárias.

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“Há um curto espaço de tempo visando o início do Campeonato Paulista. Precisamos fazer o trabalho de forma planejada, ir ao mercado logo para definir as contratações, dispensas, substituições para que tenhamos uma equipe forte”, defendeu.

A preocupação do dirigente é baseada no histórico recente do clube no Estadual. O Santos vem de participações ruins e sequer chegou a uma decisão de título nos últimos anos. A última vez foi em 2016, quando foi campeão. A nova diretoria espera mudar esse enredo recolocando o clube novamente na rota das conquistas no cenário paulista. A abertura do torneio será em 21 de janeiro.

Aperto financeiro e orçamento enxuto para 2024

Em meio à euforia pela vitória nas urnas, Teixeira falou da parte administrativa. Ele espera uma transição tranquila com Andrés Rueda e adiantou que os problemas financeiros vão ser mais um obstáculo que vai precisar ser superado.

Sem dinheiro em caixa para fazer o pagamento referente ao mês de dezembro aos funcionários, Teixeira não quis adiantar o que deve ser feito em seu início de gestão. Antes, ele quer estudar a fundo a saúde financeira do Santos.

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“Vamos apurar todos os fatos, ter conhecimento dos números, dos contratos, das validades dos documentos para que, aí sim, tenhamos a oportunidade de adotar as medidas. Antes disso não podemos tomar nenhum tipo de decisão que se reverta em benefício já para o Campeonato Paulista e o Brasileiro da Série B”, disse.

Uma questão que aperta o orçamento é o Santos só ter dois torneios a disputar em 2024. A equipe está fora da Copa do Brasil. Em 2023, somente chegar às oitavas de final significou acumular R$ 6,3 milhões em premiação. Nas quartas, R$ 10,6 milhões, e na semifinal, R$ 19,6 milhões. Além do dinheiro embolsado ao longo da competição, por exemplo, o campeão São Paulo recebeu mais R$ 70 milhões pelo título, totalizando mais de R$ 90 milhões arrecadado com prêmio em dinheiro pela campanha.

Busca por novos ‘Meninos da Vila’ e olhos voltados para Copinha

Clube acostumado a revelar grandes jogadores para o cenário internacional, o novo presidente comentou sobre o que deve ser feito em relação às categorias de base do Santos.

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“Vamos fazer um choque de gestão. Vai acontecer uma reestruturação. Adotaremos medidas emergenciais em todos os setores e departamentos para o Santos rapidamente alcançar seus resultados práticos. Vamos priorizar e acompanhar a Copa São Paulo”, disse.

A 54ª edição da Copinha começa em 2 de janeiro. O Santos está no Grupo 26, com jogos em Diadema, junto de Água Santa, Nova Venecia-ES e Remo.

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