Um dia depois de anunciar que a presidente Dilma Rousseff entregaria a taça ao campeão do mundo, na final no Maracanã, a Fifa agora muda sua versão: "o que existe é um convite para ela (Dilma) entregar a taça. A decisão será dela". Na sexta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, insistiu que Dilma entregaria o troféu, ao lado de Joseph Blatter, presidente da entidade. A taça ainda entraria no Maracanã levada pela modelo Gisele Bundchen e pelo jogador espanhol Puyol. No final do dia, Dilma se mostrou surpresa com a notícia. "Eu nem sei disso", disse Dilma. "Nem disseram isso pra mim. Estão me perguntando uma coisa que nunca me falaram." Diante da insistência, se ela, antes, não queria entregar a taça ao campeão porque temia novo constrangimento, a presidente reiterou: "Ninguém me falou nada".
Diante da reação de Dilma, a Fifa hoje pela manhã já mudou sua versão e alega que a notícia de que Dilma entregaria o troféu foi comunicada pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo. Dilma foi apenas ao primeiro jogo da Copa e, ao lado de Blatter, foi amplamente vaiada. Em 2013, ela já havia deixado a Fifa irritada ao não aparecer na final da Copa das Confederações. Segundo o Estado apurou, a presidente Dilma Rousseff não foi consultada antes de o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, darem como certo que ela vai entregar a taça na final da Copa do Mundo. As declarações de Valcke e Rebelo surpreenderam assessores palacianos, que atribuem o episódio a um "ruído de comunicação". Dilma vai à partida final da Copa, marcada para o dia 13 de julho no Maracanã, mas a decisão de entregar ou não a taça ainda não foi tomada, segundo auxiliares diretos da presidente.