Dez meses após o pleito, a eleição para presidente do Vasco pode ser anulada. A Delegacia de Defraudações (DDEF) do Rio informou nesta quinta-feira que concluiu inquérito que apontou irregularidades na votação. A investigação agora segue para o Ministério Público do Rio (MP-RJ).
O caso diz respeito à famosa "urna sete" da eleição. Havia a suspeita - confirmada agora pelo inquérito - de que houve a captação irregular de sócios para participarem da eleição vascaína. A maioria deles votou naquela urna, que acabou impugnada por decisão judicial.
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Se os votos fossem considerados válidos, o ex-presidente Eurico Miranda seria reconduzido ao cargo máximo do clube. Como foram desconsiderados, a vitória no pleito foi do oposicionista Julio Brant. Mas, como a eleição no clube é indireta, o conselho deliberativo do Vasco acabou escolhendo outro concorrente, Alexandre Campello.
Um funcionário do clube, apontado como responsável pelo gerenciamento de novos sócios, foi indiciado pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica.
O Vasco informou, por meio de nota, que "a atual administração do clube vê com normalidade os avanços da investigação citada, defende de forma intransigente a ética e a transparência e apoia o trabalho dos órgãos policiais e da Justiça".
O clube declarou ainda que está à disposição das autoridades e que "o indiciado no referido inquérito policial está afastado de suas funções desde maio deste ano". O Estado não conseguiu contato com o funcionário investigado.