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Palmeiras quer repatriar Vágner Love

Presidente está disposto a oferecer algo em torno de US$ 1 milhão pelo empréstimo por seis meses do atacante ao CSKA. Diretor garante ainda que não quer atravessar o Corinthians.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Palmeiras entrou na briga por Vágner Love. Ao ver seu ex-artilheiro de volta ao Brasil, de férias, e ouvi-lo falando mais uma vez que deseja retornar definitivamente ao País, o presidente do clube, Affonso della Monica, e o diretor de Futebol, Salvador Hugo Palaia, se permitiram sonhar. Apesar dos mais de US$ 100 mil de salário que o atacante recebe no CSKA, dos US$ 20 milhões pedidos pelo clube russo para liberá-lo e, principalmente, da concorrência do rival Corinthians, que flerta com o jogador há meses e chegou a oferecer US$ 15 milhões, o Palestra tenta, desde a manhã desta quarta-feira, repatriar Vágner Love acenando aos russos com US$ 1 milhão por um empréstimo de seis meses. "Foi feita uma consulta ao CSKA e a um procurador do Vágner sobre a possibilidade de um empréstimo de seis meses. O Palmeiras ofereceria algo em torno de US$ 1 milhão apenas pelo empréstimo", disse um conselheiro ligado ao presidente Della Monica, que preferiu não ser identificado. "A idéia para convencer os russos é que, ficando seis meses aqui, ele voltaria à seleção e, assim, seu passe seria valorizado." A tentativa de concretizar o sonho palmeirense, antes mesmo de se completar um ano da transferência do atacante ao CSKA, é conduzida pessoalmente pelo presidente Della Monica e por Palaia. Nesta quarta-feira à tarde, no treino da equipe no Palestra Itália, o diretor tornou público o interesse, mas evitou falar nos números da proposta. "Oficialmente manifestamos interesse pela volta do Vágner Love. O Palmeiras tem dinheiro aplicado e, se houver necessidade, vai fazer uso dele. Estamos iniciando conversação. Loucuras nós não faremos, mas o Palmeiras vai montar um esquadrão para 2006", afirmou Palaia, acrescentando que se reunirá pessoalmente com Love até sexta-feira. O dirigente, primeiro, evitou a polêmica e garantiu pensar apenas no bem do Palmeiras, não em atravessar o negócio corintiano. "O Palmeiras não está para brigar com ninguém. Se for para entrar em briga, o Palmeiras se afasta", disse. Em seguida, porém, aproveitou para uma pequena provocação, referindo-se a Liedson, outro cobiçado pelos rivais do Parque São Jorge. "O Corinthians não teve interesse no Marcos e ele continua aqui? Nós queremos um bom atacante, quem sabe quem... Se não for o Vágner, amanhã pode ser o Liedson. Por que não?" Love chegou na terça-feira ao Brasil e reforçou seu desejo de voltar de vez. "Os dirigentes do CSKA me liberaram, estão dispostos a me negociar. Quero voltar para o Brasil", disse o atacante, ao desembarcar no Rio. Nesta quinta, Vágner é esperado em São Paulo para uma reunião com seu procurador, Cláudio Guadagno. O empresário, que discute com o Palmeiras a renovação de contrato de Pedrinho, diz não ter recebido proposta do clube por Vágner Love. Sonho ou realidade, muitos já começaram a sorrir no Palestra Itália, com a simples menção no nome do artilheiro que fez 49 gols em 66 jogos pelo clube, entre setembro de 2002 e junho de 2004. "Vou ligar para ele agora mesmo", disse o lateral Lúcio. "Se tiver um pouco de verdade nisso, vou tentar apoiar e ajudar para que ele volte para gente. Quando ele foi para a Rússia, sempre perguntava se o time ganhou, se perdeu. Acho que alguma saudade ele sente." Rycharlyson na mira - O Palmeiras continua negociando com Richarlyson, desligado recentemente do Santo André. Segundo a diretoria palmeirense, as conversas estão bem encaminhadas e só dependem, por enquanto, da resolução pela Justiça da discussão sobre a dívida que o meia busca receber de seu ex-clube.

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