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Palmeirenses jovens estão ansiosos para comemorar o primeiro título

Jejum de 22 anos do clube no Brasileiro fez geração crescer sem ter visto o time como campeão

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Foto do author Gonçalo Junior

Depois de 22 anos, os torcedores mais jovens do Palmeiras devem finalmente comemorar neste domingo o título brasileiro pela primeira vez. O estudante de Direito Lucas Lagonegro esteve em todas as conquistas recentes, mas afirma que o Campeonato Brasileiro tem um sabor especial. "Ele é disputado ponto a ponto, jogo a jogo. É outro sentimento. É o maior torneio que existe e todo mundo quer conquistá-lo." 

Para o estudante que vai se formar em dezembro no Mackenzie, torcer pelo Palmeiras é levar adiante uma tradição familiar. Neto de Pedro Lagonegro, conselheiro vitalício do clube falecido recentemente, e filho de Rinaldo Lagonegro, ex-diretor, o jovem de 22 anos pretende se tornar conselheiro no futuro. "Ser palmeirense é levar o amor da minha família adiante" diz o dono de 30 camisas. 

Gabriel exibe camisa do ídolo, o ex-goleiro Marcos Foto: Amanda Perobelli/Estadão

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Os laços de família também marcam a paixão do vendedor Gabriel Gariani, mas de um jeito diferente. Ele trabalha na loja oficial do Palmeiras localizada no Shopping Pátio Paulista desde setembro. O dono da loja é seu futuro sogro, Nelson Fidelis, outro palmeirense entusiasmado. "Ele brinca bastante comigo, mas nossa relação é muito boa", diz o torcedor. Hoje, ele também estará no Allianz Parque para ver o provável título brasileiro pela primeira vez. "Acompanhei os dois últimos títulos da Copa do Brasil no estádio. O título brasileiro é diferente, não vem há 22 anos. É um título que está entalado." 

Gabriel também toca contrabaixo na banda de rock The Moondogs na qual curiosamente os integrantes são palmeirenses. Não pensa em compor uma música para o clube. "São paixões diferentes", explica. 

De família alviverde, Lucas mostra ansiedade para presenciar o primeiro título brasileiro Foto: Hélvio Romero/Estadão

RESGATE

Enquanto a nova geração palmeirense está ansiosa pelo fim do jejum, quem é das antigas desfruta de sentimento diferente. A saudade de comemorar um título nacional é grande para o técnico industrial Hypérides Salmeron, de 81 anos, que viu todas as campanhas vitoriosas anteriores.

As memórias palmeirenses guardadas com mais afeto vêm da década de 1960, época de quatro títulos brasileiros. "Tínhamos a alegria de ver a equipe campeã quase todo ano. É importante recuperar essa tradição", explicou. Com dificuldades para andar, ele vai preferir acompanhar pela televisão o jogo com a Chapecoense, confiante de que a saudade de título vai terminar. "O de 1993 foi o mais marcante que vi, até porque tinha um jejum. O de 2016 será especial também".

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