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Palmeiras volta às semifinais da Copa do Brasil após 13 anos

Mesmo sem mostrar um grande futebol, time derrota Atlético-PR, por 2 a 0, em Barueri, gols de Luan e Henrique

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Por Luis Augusto Monaco
Atualização:

SÃO PAULO - Futebol de qualidade o Palmeiras não mostrou, mas, com a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR ontem à noite em Barueri, se classificou para as semifinais da Copa do Brasil pela primeira vez desde 1999. Seu adversário será definido na partida entre Grêmio e Bahia, nesta quinta, 24.A torcida palmeirense teve de se adaptar aos tempos bicudos. Como não dá para aplaudir o time por jogadas bonitas ou por envolver o adversário, o jeito é bater palmas quando alguém dá um chutão ou uma trombada para não deixar a bola chegar perto da área. E tome aplauso para Henrique, Leandro Amaro e Juninho a cada bordoada impiedosa na coitada da bola...Mesmo jogando em casa, e com a vantagem de ter empatado por 2 a 2 em Curitiba, o Palmeiras não conseguia se impor. Seus jogadores pareciam ter mais medo de levar um gol que transformaria a noite num drama do que confiança para mostrar quem é que mandava no bom gramado de Barueri.O time tinha três volantes, mas o assustado Juninho não se atrevia a pisar no campo de ataque com medo de ver Guerrón ser acionado nas suas costas. Do outro lado, Cicinho pouco atacava. E quando o fazia não conseguia driblar seu marcador nem acertar um cruzamento.O jeito era esperar uma jogada de Valdivia ou torcer para aparecer uma falta que Marcos Assunção pudesse bater. O único bom lance do chileno foi aos 43 minutos, quando deixou Betinho livre dentro da área. Mas o estreante finalizou muito mal. E a chance para Assunção nem foi numa cobrança direta para o gol. Ele cruzou da intermediária, a bola passou por todo mundo e foi rebatida no susto por Rodolfo.A equipe paranaense, por incrível que pareça, trocava passes e evoluía com mais qualidade do que o Palmeiras. Não teve nenhuma chance clara no primeiro tempo, é verdade, mas dava a sensação de que a qualquer momento conseguiria furar a marcação com um passe bem feito. O Atlético voltou do intervalo com Edgar Junio no lugar de Guerrón. No Palmeiras, Felipão demorou 15 minutos para mexer. Colocou Luan e tirou Betinho, que não tinha deixado claro se jogava como centroavante ou terceiro zagueiro do Atlético.Mas o time só melhorou, como tem sido rotina, quando Maikon Leite entrou. Dois minutos depois de pisar em campo ele fez uma grande jogada e serviu Valdivia, que rolou para Luan marcar o gol. O medo de um desastre chegava ao fim.Com o Atlético entregue, Henrique fez o segundo - de cabeça - aos 37 minutos. E a torcida se animou até a gritar "olé". Mais para matar a saudade do que pela qualidade do que via.

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