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Futebol: bastidores e opinião

Rogério Ceni não merece sofrer

Rogério Ceni está muito próximo do adeus ao futebol. Aos 40 anos, ele não merece sofrer como tem sofrido nos últimos jogos. Seus grandes feitos começam a ser pulverizados a cada falha besta, sem reação, como a da noite desta quinta-feira em La Paz.

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Quando poderia ter saído da Bolívia como o velho herói de uma jornada improvável, ao converter o pênalti que dava o empate ao São Paulo diante do The Strongest, saiu deprimido ao falhar no gol que deu a vitória (2 a 1) ao modestíssimo time boliviano.

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O calvário de Ceni esgarça seus nervos e faz sua cabeça doer. Ao fim dos jogos, o goleiro já não deixa o campo altivo. Quase sempre, se dirige aos vestiários cabisbaixo carregando uma culpa como se fosse o maior dos pecadores.

Ceni perdeu a aura. Mas também não pode ser condenado apenas pelo peso da idade se seus protetores da grande área são jogadores de baixo nível técnico como Rafael Toloi e Edson Silva - antes havia Rhodolfo e Paulo Miranda, também fracos.

O velho goleiro corre o risco de se aposentar antes do fim do ano. Vai tirar as luvas sem um título expressivo tamanha a encrenca que o São Paulo se meteu nesta Libertadores.

Rogério Ceni não merece sofrer nem fazer sofrer a sua gente. O então grande jogador está mais para um pôster na parede, um descanso de tela, um autógrafo na camisa tricolor desbotada 01, do que o herói das quartas-feira e domingos.

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