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São Paulo vive dia de explicações, reclamações e mau humor

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O dia foi diferente ontem no CT da Barra Funda. Após mais de cinco meses, o elenco são-paulino se reapresentou com uma derrota nas costas. Nada de sorrisos e brincadeiras. A fisionomia dos jogadores era carrancuda. Muitos nem apareceram, ficaram no Reffis (o centro de recuperação do clube). Apenas um ou outro deixou o trabalho de musculação de lado e arriscou uma corrida rápida no campo. "Nunca dei uma entrevista para explicar derrota", afirmou o volante Jean, que esboçou no máximo um riso nervoso. "Vim pensando no que vocês (jornalistas) iriam perguntar. É diferente, não tem jeito." Ficar tanto tempo sem perder parece ter feito mal ao zagueiro André Dias. Ele se irritou ao ouvir comentários sobre erros de colocação da defesa no gol de Osny, o primeiro nos 2 a 0 para o Santo André, e na jogada em que Marcelinho recebeu livre diante de Rogério Ceni, mas chutou para fora. "É engraçado. A culpa então é da defesa quando levamos gol? O certo é analisar o lance todo. Todo mundo viu que o Osny recebeu livre, mas quem cruzou para ele? É isso que precisa ser visto também." O comportamento de André Dias até fez lembrar o jeito com que o técnico Muricy Ramalho conduz suas entrevistas. Domingo, depois da derrota, o treinador despejou grosserias sobre os jornalistas. E foi defendido pelos seus comandados. "É o jeito dele, o ser humano não consegue agir do mesmo modo quando perde", disse Jean. "Pelo que fizemos em campo, ele tinha razão de estar irritado", acrescentou André Dias. Nem uma noite de sono fez Muricy se acalmar, tanto que o técnico evitou até mesmo conversar com os jogadores na reapresentação do elenco. O papo costumeiro sobre o desempenho do time ficou para hoje.

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