Enquanto em Melbourne, a organização do GP de abertura do Mundial vibrou com o recorde de público, 111 mil pessoas na classificação, sábado, e 126 mil torcedores no dia da corrida, os promotores do GP da Malásia, próxima etapa do campeonato, dia 18, estão preocupados: apenas 30% dos ingressos foram vendidos até agora. A Toyota, equipe que estreará na Fórmula 1 ano que vem, anunciou que testará pela primeira vez seu carro na próxima semana, no circuito Le Castelet, na França. A partir desta quinta-feira, a televisão malaia vem informando seus espectadores de que nenhuma atividade de pista nos três dias de competição, 16, 17 e 18, será transmitida ao vivo, como ocorreu nas edições de 1999 e 2000. Nos dois primeiros anos da corrida no calendário da Fórmula 1, cerca de 70% dos ingressos foram comercializados, apesar da TV ao vivo e o preço elevado para a realidade econômica da nação. "Desta vez nós colocaremos as imagens no ar apenas a partir das 21 horas", afirmou hoje em Kuala Lumpur o responsável pelo evento, Basir Ismail. O objetivo é elevar as vendas. Com público ou não, o GP da Malásia não corre riscos. O autódromo de Sepang, um modelo para a Fórmula 1, foi construído, principalmente, com os petrodólares (US$ 120 milhões) da Petronas, uma espécie de Petrobras da Malásia, também empresa estatal. Quem banca quase tudo na prova é o próprio governo malaio. Portanto, ter ou não mais torcedores nas arquibancadas não coloca nenhuma dúvida sobre o futuro da disputa, já que ela não depende de ser superavitária, como quando se trata da iniciativa privada, para continuar fazendo parte do Mundial.