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Ministério Público acompanha julgamento de Helinho

Piloto brasileiro responde a processo nos Estados Unidos e pode ser condenado a 35 anos de prisão

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Por Redação
Atualização:

O Ministério Público Federal acompanha, desde segunda-feira, o julgamento do piloto brasileiro Hélio Castroneves, em Miami. O bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis responde a acusações de sonegação fiscal e evasão de divisas nos Estados Unidos, e pode ser condenado a 35 anos de prisão. O MPF tem colaborado com a Justiça norte-americana, colhendo depoimentos de testemunhas no Brasil. A procuradora da República Anamara Osório Silva, responsável pela cooperação no processo, acompanha a sessões e toma notas que podem ser úteis à investigação do caso também no País. Em novembro, um mês após a Justiça americana abrir processo contra o piloto, Anamara Osório Silva instaurou procedimento investigatório no Brasil. Isto porque, segundo investigações da Receita Federal Americana, Castroneves pode ter ajudado a Coimex, empresa nacional de importação e exportação, a mandar dinheiro ilegalmente para o exterior. O piloto assinou contrato de patrocínio com a companhia, entre os anos de 1999 e 2001, no valor de US$ 2 milhões anuais. E, por meio de um acordo, devolvia para contas da Coimex nos EUA, US$ 1,8 milhões anuais, ficando com cerca de US$ 200 mil por ano. Dos US$ 600 mil que recebeu, o piloto declarou apenas US$ 50 mil ao imposto de renda americano e esta é uma das bases da acusação que ele responde nos EUA. Segundo apurado, a Coimex depositava os US$ 2 milhões anuais na conta da Seven Promotions, uma offshore panamenha, em nome do piloto, de seu pai - Helio Phydias de Castro Neves - e da irmã, Katiucia, empresária e também ré nos EUA. No Brasil, além de Helinho e de seus familiares, são investigados representantes da Coimex. A remessa de dinheiro por meio de terceiros, nos moldes do acordo entre a empresa e os representantes do piloto, constitui, em tese, o crime de evasão de divisas, agora investigado no Brasil.

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