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Aluna que criticou escola não deve ser processada

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Por DANIEL CARDOSO e FLORIANÓPOLIS

A polêmica entre a estudante Isadora Faber, de 13 anos, que está no 7.º ano do ensino fundamental, e uma professora de português da Escola Básica Maria Tomázia Coelho, de Florianópolis, que chegou até a uma Delegacia de Polícia, não deverá resultar em novos episódios ou depoimentos, segundo informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil. A expectativa é de que o Fórum da Capital arquive o processo, porque nenhuma das duas partes entrou com representação criminal (manifestação da vontade em instaurar uma ação penal). Nos casos de calúnia e difamação, para haver continuação do processo na Justiça, é necessário que uma das partes envolvidas entre com a representação. Sem a manifestação, a tendência é de que o juiz responsável opte por encerrar o assunto e apenas comunique a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente sobre o incidente. O delegado que ouviu os depoimentos de Isadora e da professora deverá encaminhar o Termo Circunstanciado para o fórum ainda hoje.O caso foi parar na delegacia porque a professora se sentiu ofendida com vários comentários deixados por internautas no Diário de Classe, uma página da rede social Facebook mantida por Isadora, onde é retratado o cotidiano da escola, com críticas e elogios. A professora registrou um boletim de ocorrência por calúnia e difamação. Os comentários, supostamente ofensivos, vieram em apoio a um desabafo de Isadora, que se considerou perseguida por expor os problemas da instituição de ensino na internet.Celebridade. Desde que a estudante obteve reconhecimento nacional por sua atuação, no final de agosto, sua página no Facebook foi "curtida" por 292 mil usuários da rede. Ontem à noite, a estudante cobrava a escola por não ter uma Associação de Pais e Mestres há mais de um ano.

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