Se em outras capitais pipocam cursinhos pré-Enem, isso não acontece em São Paulo. Como USP e Unicamp não utilizaram o exame em 2010, há poucos adeptos. O Instituto Henfil, por exemplo, tentou abrir turma em fevereiro, mas não conseguiu alunos. O início das aulas foi adiado para este mês. Na sala de aula, os poucos candidatos diferem do padrão de quem faz curso pré-vestibular tradicional: adolescentes que buscam vagas nas públicas. O pré-Enem paulista atrai alunos mais velhos, interessados no Programa Universidade para Todos (Prouni), que concede bolsas em instituições privadas de acordo com a pontuação no exame. É o caso do carteiro Odálio Oliveira, de 27 anos. Ele quer estudar Química ou Arquitetura, mas na sua escolha, mais do que o nome da universidade, pesa outro quesito. "Quero estudar próximo ao meu trabalho. Preciso ir bem no Enem para ter bolsa do Prouni."
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