PUBLICIDADE

Após Google, Amazon e Apple banem rede social usada por apoiadores de Trump

Popular entre usuários de extrema direita, Parler foi uma das plataformas utilizadas para organizar os ataques em Washington na última quarta-feira, 6

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Apple e Amazon suspenderam o suporte à rede social Parler, seguindo um movimento iniciado pelo Google. Nesse sábado, 9, a Apple retirou o aplicativo da App Store e o site, hospedado pela Amazon, saiu do ar. Na sexta-feira, 8, o Google já havia retirado o serviço de sua loja de aplicativos. A rede social foi uma das utilizadas para organizar a invasão ao Capitólio na última quarta-feira, 6. 

De acordo com as empresas, o aplicativo - popular entre usuários de extrema direita e “refúgio” para os que foram expulsos de outras redes - não tomou medidas adequadas para prevenir a disseminação de publicações que incitam a violência. O aplicativo serve como ponto de conexão entre muitos apoiadores do presidente americano Donald Trump, que foi permanentemente suspenso do Twitter na sexta-feira, 8. 

Amazon, Apple e Google suspenderam os serviços relacionados à rede social Parler por permitir 'ameaças de violência' Foto: Olivier Douliery/AFP

PUBLICIDADE

“Nós suspendemos o Parler da App Store até que eles resolvam os problemas”, disse a Apple em um comunicado. A empresa havia dado 24 horas para a rede social enviar um plano detalhado de moderação de publicações, mas não teve retorno. 

A Amazon comunicou a decisão em uma carta enviada à rede social, afirmando ter observado "um aumento persistente de conteúdos violentos". O site do Parler será retirado do ar nesta segunda-feira, 11, caso a rede social não encontre outra empresa para hospedar sua plataforma. 

"Tendo em conta os acontecimentos ocorridos essa semana em Washington, há um risco real de que este tipo de conteúdo nos incite mais à violência", acrescentou a companhia, recordando a invasão do Capitólio por apoiadores do presidente Donald Trump.

O chefe-executivo do Parler, John Matze, atacou as duas empresas e o Google, alegando que se trata de um esforço coordenado no momento em que Trump foi banido de outras redes sociais. “(A motivação) foi acabar com a concorrência no mercado. A guerra sobre concorrência e liberdade de expressão deve continuar, mas não nos descartem do jogo.” 

Em uma publicação, Matze falou sobre os próximos passos da plataforma. “Existe a possibilidade de o Parler ficar indisponível na internet por cerca de uma semana enquanto o reconstruímos do zero.”

Publicidade

Com o enrijecimento das políticas de moderação de conteúdo em plataformas como Twitter e Facebook, usuários de extrema direita nos Estados Unidos têm migrado - além do Parler - para o aplicativo de mensagens Telegram e para a rede social Gab. /REUTERS E AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.