Manifestantes iemenitas fogem de forças policiais em Taiz. Foto: Stringer/Reuters
Ao menos 12 pessoas morreram nesta segunda-feira, 4,durante protestos contra o governo do Iêmen na cidade de Taiz, quando soldados abriram fogo contra manifestantes. Trinta pessoas ficaram gravemente feridas.
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Testemunhas afirmaram que francoatiradores atiraram contra manifestantes na quarta cidade do país, Hudaida, na costa do Mar Vermelho.
A onda de violência se segue a semanas de protestos em cidades ao redor do país pela saída do presidente Ali Abdullah Saleh.
Saleh, que governa o Iêmen há 32 anos, disse que não tem intenção de renunciar.
Muitas ruas da cidade de Taiz estariam bloqueadas, e há forte presença de forças de segurança no local. A passeata em Hudaida foi organizada para protestar contra a repressão a manifestantes em Taiz na semana passada, que deixou ao menos dois mortos e centenas de feridos.
Em Hudaida, a polícia atirou e disparou bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes, que tentavam avançar rumo a um prédio do governo, na madrugada desta segunda-feira.
Os países árabes do Conselho de Cooperação do Golfo manifestaram profunda preocupação ccm a deterioração da situação no país, e pediram a retomada do diálogo entre governo e oposição.
Um comunicado do conselho divulgado no domingo à noite diz que os países que integram o bloco dariam início a contatos com representantes governistas e oposicionistas.
Um correspondente da BBC no país, que não pode ser identificado por questões de segurança, disse que Saleh está sob imensa pressão. Ele perdeu aliados, o Exército do Iêmen está dividido o governo perdeu controle de várias áreas do país e a economia está entrando em colapso.
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