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Austrália se nega a aconselhar Trump sobre regulamentação de armas

A atual e restrita lei australiana sobre armamento é referência internacional; país fez alterações após ataque a tiros em 1996 matar 35 pessoas

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Por Redação
Atualização:

MELBOURNE - O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, não vai aproveitar sua viagem aos EUA para aconselhar o presidente norte-americano Donald Trump sobre o controle das armas. As sugestões australianas seriam importantes porque o país já tem uma política regulatória- e de sucesso - sobre o uso de armas. 

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+++ Entenda o massacre na escola da Flórida e o andamento das investigações

Hoje um modelo para muitos governos, a regulamentação do direito ao porte de armas pela população civil foi feita em 1996, quando um grande ataque a tiros deixou 35 mortos na cidade de Port Arthur.  A Austrália baniu todos os rifles e pistolas  semiautomáticos e organizou um sistema bastante restritivo quanto ás licenças para ter o controle.

"Não pretendo fornecer conselhos políticos ou policiais", falou Turnbull ao lado de Trump na Casa Branca. 

Primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull, à esquerda, e o presidente norte-americano Donald Trump em reunião na Casa Branca. Foto: Saul Loeb/AFP

Relembre. O assunto sobre a regulamentação das armas veio  novamente à tona nos EUA a partir do dia 14 de fevereiro, quando  Nikolas Cruz, um garoto expulso da escola Marjory Stoneman Douglas, na Flórida, voltou ao local e matou 17 pessoas. Ele portava um rifle AR-15, semiautomático, que foi comprado e registrado legalmente. 

Desde então a sociedade norte-americana está pedindo mudanças na lei e na atitude política em relação ao assunto. Estudantes marcharam até a Casa Branca e estamparam faixas: "Cuide das crianças, não das armas".

Mas a resposta da classe política, cheia de governantes financiados pelo lobby armamentista, está sendo menor da que se esperava.  Trump tem, até, proposto que alguns professores tenham uma arma em sala de aula. O objeto seria um meio de defesa, mas os docentes já se posicionaram contra a ideia. 

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/AFP

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