Biden anuncia sanções à empresa que constrói o gasoduto Nord Stream 2 da Rússia

Medida aumenta pressão sobre o polêmico projeto do Mar Báltico, que ainda não iniciou suas operações

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Por Redação
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WASHINGTON  - O presidente americano, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 23, que os Estados Unidos vão impor sanções à empresa responsável pela construção do gasoduto Nord Stream 2, na Rússia, ampliando as penalidades a Moscou após Putin reconhecer duas regiões separatistas no leste da Ucrânia.

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As sanções, que visam a empresa Nord Stream 2 AG e seus diretores corporativos, aumentam a pressão sobre o projeto do Mar Báltico, construído para dobrar a capacidade de fluxo de gás da Rússia para a Alemanha.

A Casa Branca disse que as sanções não afetarão Gerhard Schroeder, ex-chanceler alemão e amigo próximo de Putin que chefia o comitê de acionistas da Nord Stream desde 2005.

O presidente americano Joe Biden anunciou nesta quarta-feira, 23, sanções contra o gasoduto Nord Stream 2 Foto: Al Drago/NYT

Projeto de energia mais polêmico da Europa, o Nord Stream 2 não iniciou suas operações e aguarda certificação da Alemanha e da União Europeia.

A Alemanha interrompeu na terça-feira o oleoduto, que tem valor estimado de US$ 11 bilhões, citando as ações da Rússia em relação à Ucrânia. Os Estados Unidos e a UE temem que o gasoduto aumente a dependência da Europa do fornecimento de energia russo e negue taxas de trânsito para a Ucrânia, sede de outro gasoduto russo.

Biden disse em um comunicado que seu governo está coordenando de perto a ação do Nord Stream 2 com a Alemanha, acrescentando: "Hoje, ordenei meu governo a impor sanções ao Nord Stream 2 AG e seus diretores corporativos". "Essas medidas são outra parte de nossa parcela inicial de sanções em resposta às ações da Rússia na Ucrânia. Como deixei claro, não hesitaremos em tomar outras medidas se a Rússia continuar a escalar", completou.

A Nord Stream 2 AG é uma empresa suíça registrada cuja controladora é a gigante estatal russa de gás Gazprom.

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A Gazprom detém todo o gasoduto, mas pagou metade dos custos, com o restante dividido pela Shell, a OMV da Áustria, a Engie da França e a Uniper e a Wintershall DEA da Alemanha.  /REUTERS