Os primeiros passageiros do Airbus A310 que caiu no Oceano Índico, na costa das Ilhas Comores, foram localizados nesta terça-feira. O anúncio foi feito pelo vice-presidente da aviação civil iemenita, Mohamed Abdelrahman Abdelqader.
Veja também:
Cronologia dos piores acidentes aéreos do mundo
Cronologia das tragédias da aviação brasileira
Airbus pede paciência sobre acidente e diz que A330 é seguro
Abdelrahman disse ainda para a imprensa que o Airbus 310-300, tinha decolado da cidade de Sana às 18h45 local (12h45 de Brasília) com 153 pessoas a bordo entre passageiros e tripulação.
O vice-presidente da aviação civil iemenita, Mohammed Abdel-Rahman Abdel Qadir, anunciou que foram encontrados os primeiros corpos de ocupantes do avião da companhia Yemenia Air que caiu na noite (local) desta segunda-feira no Oceano Índico em frente à costa das ilhas Comores.
A bordo viajavam 142 passageiros, entre eles três bebês, e 11 tripulantes. Dos passageiros, 66 eram franceses, confirmou o ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner.
Em entrevista coletiva, Abdel-Rahman informou que o avião, um Airbus 310-300, tinha decolado de Sana às 18h45 locais (12h45 de Brasília), no voo IY-626, com 153 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação.
O funcionário disse ainda que as causas do acidente são desconhecidas.
O avião perdeu contato com a torre de controle à 1h51 local (19h51 de Brasília), quando se preparava para a aterrissagem. Um funcionário das Nações Unidas no aeroporto, que não quis ser identificado, disse que a torre de controle havia recebido notificação de que a aeronave se dirigia a terra, e então perdeu o contato com ela.
O aparelho caiu no Oceano Índico, a 30 quilômetros de seu destino, o aeroporto de Moroni, capital de Comores. "Uma equipe técnica iemenita viajará imediatamente às ilhas Comores para investigar as causas do acidente", disse Abdel-Rahman.
O vice-presidente da aviação civil iemenita informou ainda que nomomento do acidente era registrada uma tempestade com ventos de 61 km/h.
Além disso, disse que vários helicópteros e duas embarcações de guerra francesas começaram os trabalhos de resgate.
A França enviou dois barcos da armada e um avião de transporte militar do tipo Transall a Comores, onde esta madrugada ocorreu o acidente.
Os barcos, equipados com lanchas rápidas, estão perto das costas de Madagáscar e não chegarão até o local do acidente até quarta-feira.
As autoridades francesas abriram um centro de ajuda psicológica nos aeroportos de Paris e Marselha para atender aos familiares das vítimas. França e Comores estabeleceram laços estreitos desde que as ilhas ficaram independentes em 1975. O Ministério de Relações Exteriores da França estima que 200 mil pessoas provenientes de Comores vivam na França.
No momento se desconhece a nacionalidade dos passageiros, mas as autoridades francesas não descartam que haviam outras nacionalidades no avião.
A primeira escala ocorreu em Marselha, onde embarcaram mais passageiros. O voo aterrissou depois em Sana, Capital do Iêmen, onde foram apanhados alguns passageiros que haviam embarcado em Marselha e onde o resto trocou de avião para embarcar em um A 310 para ir até Yibuti, última escala antes da chegada a Moroni. A dez minutos da aterrissagem, o avião se despedaçou no mar.
Este é o segundo Airbus que cai no mar neste mês. Um Airbus A330-200 da Air France se estatelou em 1º de junho no Oceano Atlântico, próximo a costa de Fernando de Noronha, no Brasil, matando seus 228 passageiros.
Texto ampliado às 5h10 para acréscimo de informações