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Entidade judaica condena apoio brasileiro a ação sul-africana que acusa Israel de genocídio

Conib qualificou a ação da África do Sul na CIJ de “cínica e perversa”

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Por Redação
Atualização:

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenou nesta quarta-feira, 10, o apoio do governo Luiz Inácio Lula da Silva à ação promovida pela África do Sul na Corte internacional de Justiça (CIJ), em Haia, que acusa o Estado do Israel de genocídio contra o povo palestino.

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Hoje o governo recebeu, no Palácio do Planalto, o embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzeben, que visitou o presidente brasileiro para solicitar o apoio do País na ação na CIJ, que deve ser julgada nesta quinta-feira, 11.

A Conib qualificou a ação de “cínica e perversa, que visa impedir Israel de se defender dos seus inimigos genocidas”. A nota da entidade diz que o posicionamento do Itamaraty “diverge da posição de equilíbrio e moderação da política externa brasileira”, e que a África do Sul “inverte a realidade” com a sua proposta.

A Conib lembra também que o conflitou foi desencadeado pelo ataque do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro do ano anterior. “Israel está apenas se defendendo de um inimigo, ele sim, genocida, que manifesta abertamente seu desejo genocida de exterminar Israel e os judeus”, diz a nota.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em 8 de janeiro de 2024. Foto: SERGIO LIMA / AFP

Em defesa do seu gesto diplomático, o Ministério das Relações Exteriores afirmou em nota que “à luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio”.

Confira a nota da Conib na íntegra:

A Conib condena a decisão do governo brasileiro de apoiar a ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça de Haia que acusa Israel de genocídio. Essa decisão do governo diverge da posição de equilíbrio e moderação da política externa brasileira. A ação sul-africana é uma inversão da realidade. O conflito atual começou depois das atrocidades dos terroristas do Hamas contra a população de Israel, que matou indiscriminada e barbaramente mais de 1.200 pessoas, no ataque mais mortal contra o povo judeu desde o Holocausto. Israel está apenas se defendendo de um inimigo, ele sim, genocida, que manifesta abertamente seu desejo genocida de exterminar Israel e os judeus. Nesta terrível guerra iniciada pelo Hamas, as forças de Israel tomam precauções que nenhum outro exército tomou para preservar a população civil, alertando sobre ataques em áreas urbanas, orientando civis a saírem da zona de conflito, permitindo ajuda humanitária. O Hamas se esconde covarde e deliberadamente atrás dos civis de Gaza porque suas mortes são usadas como arma contra Israel na opinião pública mundial. É frustrante ver o governo brasileiro apoiar uma ação cínica e perversa como essa, que visa impedir Israel de se defender de seus inimigos genocidas.

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