Ex-assessor de Obama é preso em Nova York por ataque islamofóbico contra vendedor ambulante

Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ver Stuart Seldowitz chamando vendedor de comida de ‘terrorista’

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Por Redação

Um ex-assessor do governo do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama foi detido na quarta-feira, 22, depois de ter sido filmado ridicularizando com comentários islamofóbicos um vendedor ambulante de origem egípcia em Nova York.

Stuart Seldowitz está enfrentando três tipos de acusações, uma delas como crime de ódio, com agravante de assédio relacionando a uma série de declarações anti-islâmicas, de acordo com o Departamento de Polícia de Nova York.

Carrinho Q Halal, no Upper East Side, em Manhattan, onde vendedor de comida foi alvo de ataques islamofóbicos pelo ex-funcionário do governo norte-americano Stuart Seldowitz. Foto: Dodai Stewart/The New York Times

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Seldowitz, de 64 anos, foi filmado assediando e insultando um vendedor de comida halal (alimento feito seguindo os preceitos muçulmanos) no bairro de Manhattan, em Nova York. Nas imagens, que foram publicadas na rede social X (antigo Twitter), é possível ver o ex-assessor de Segurança Nacional zombando do trabalhador muçulmano, perguntando ironicamente se ele tinha estuprado a filha “como Maomé”. O vendedor pedia para ele ir embora, enquanto Seldowitz continuava intimidando-o, chamando-o até de “terrorista”.

“Não é minha culpa que você reze para um criminoso (...) Você apoia matar crianças pequenas (...) Você mata crianças, não eu (...) Se matamos 4.000 crianças palestinas, você sabe? Não foi suficiente”, continuou o ex-funcionário confrontando o vendedor porque ele “não tinha direito de estar na calçada”.

Posteriormente, Seldowitz deu uma entrevista à NBC News na qual justificou seu comportamento alegando que o incidente começou com uma conversa “inocente” na qual o comerciante revelou que apoiava o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro, porque “tudo foi pela Palestina”.

O ex-assessor da Administração Obama trabalhava como presidente da divisão de Assuntos Internacionais na empresa de advocacia Gotham Government Relations, que esclareceu que já cortaram seus vínculos com o acusado. “O vídeo de suas ações é vil, racista e não está de acordo com a dignidade dos padrões que praticamos em nossa empresa”, afirmou a Gotham Government Relations./EFE.

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