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EUA ligam apoio ao Brasil na OCDE à política ambiental

Declarações do embaixador dos EUA no Brasil foram feitas em encontro virtual com políticos, diplomatas e empresários brasileiros 

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Foto do author Beatriz Bulla
Foto do author Matheus Piovesana
Por Beatriz Bulla, , Matheus Piovesana (Broadcast), Correspondente, Wilian Miron e Broadcast

WASHINGTON - Em reunião com um grupo de empresários, juristas e políticos, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, indicou que o relacionamento entre Washington e Brasília dependerá da capacidade do governo Jair Bolsonaro de mostrar compromissos de proteção ambiental na cúpula sobre o clima, organizada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, marcada para os dias 22 e 23. A informação foi atecipada pelo Estadão/Broadcast na noite de domingo,  11.

"O tema ambiental é importante também para esta agenda (de entrada) da OCDE", disse Chapman na noite de domingo, 11, em live promovida pelo grupo Parlatório, que reúne economistas, empresários e advogados. A resposta veio a uma pergunta de Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e hoje diretor de estratégia econômica e relações com mercados do Banco Safra.

Embaixador americano, Todd Chapman, durante assinatura do Livro dos Embaixadores Estrangeiros Foto: Carolina Antunes/PR

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Chapman repetiu boa parte das mensagens que foram ditas por um funcionário do Departamento de Estado em entrevista a jornalistas brasileiros, há cerca de duas semanas, e indicou que o País precisa mostrar compromissos reais e concretos com a redução do desmatamento ilegal.

O embaixador também citou diversas áreas de cooperação entre os dois países. Ele indicou que o nível de compromisso a ser assumido pelo Brasil na próxima semana determinará o futuro da atual parceria entre os dois países.

O governo Biden tornou a questão ambiental um pilar da política externa americana e tem negociado com o Brasil termos de um acordo para que o País indique compromisso de preservação ambiental da Floresta Amazônica. Os alertas de desmatamento registrados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no acumulado dos dois primeiros anos do governo Bolsonaro foram, em média, 82% superiores à média dos alertas registrados nos três anos anteriores. 

O Brasil tem buscado demonstrar aos americanos – e à comunidade internacional – que está disposto a cooperar nas discussões sobre preservação ambiental, como ressaltado por Bolsonaro a Biden em carta enviada em janeiro. Mas os americanos têm cobrado compromissos concretos. 

Nos bastidores, o governo Biden demonstra que os sinais enviados pelo Brasil ainda são insuficientes para inspirar a confiança da comunidade internacional. O compromisso de zerar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030 foi firmado no Acordo de Paris e a implementação da meta vem sendo cobrada pelos americanos.

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