A polícia israelense e o serviço de inteligência interna Shin Bet anunciaram nesta quinta-feira, 19, a prisão de um homem israelense, com contatos no Irã, que planejava assassinar Binyamin Netanyahu e outros funcionários do governo de Israel. Segundo as autoridades, o investigado se encontrou com membros dos serviços de inteligência iranianos mais de uma vez para arquitetar um ataque em solo israelense.
“Um cidadão israelense foi recrutado pela inteligência iraniana para promover assassinatos de figuras de destaque israelenses. Ele foi levado de maneira ilegal duas vezes para o Irã e recebeu um pagamento para realizar as missões”, afirma o comunicado conjunto da polícia de Israel e da agência Shin Bet.
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Além de Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o diretor do Shin Bet, Ronen Bar, bem como outros funcionários do governo israelense, estavam entre os alvos.
A imprensa local identificou o detido como Mordechai Maman, nascido em 1952 e originário de Ascalon, e informou que ele foi preso em 29 de agosto. O cidadão israelense, “um empresário que morou na Turquia durante um longo período”, mantinha contatos com indivíduos turcos e iranianos que o colocaram em contato, por telefone, com um iraniano identificado como “Eddie”, afirmou a polícia.
Além disso, as autoridades policiais declararam que o acusado visitou o Irã em maio de 2024 para se encontrar com “Eddie”, pois esse indivíduo tinha “problemas para deixar o país”. Ele também se encontrou com um homem identificado como “Hajjah”, que eles alegaram ser um agente iraniano.
Segundo a força de segurança, durante sua estadia no Irã, ele recebeu o pedido para executar missões em Israel, como transferir “dinheiro ou armas” e ameaçar outros israelenses recrutados pelo Irã para que planejassem assassinatos.
Durante uma segunda viagem ao Irã, o homem teria sido abordado com propostas para assassinar altos funcionários israelenses, de acordo com as autoridades. O planos era uma tentativa de retaliação à morte de Ismail Haniyeh, o chefe do grupo terrorista Hamas que morreu em Teerã em julho, em uma explosão que Hamas e Irã atribuíram a Israel, de acordo com as autoridades./AFP.
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