Israel cerca Cidade de Gaza e divide território palestino em 2

A imprensa israelense afirma que as tropas devem entrar na Cidade de Gaza ainda nesta segunda-feira, 6, ou na terça-feira, 7, quando a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas completa um mês

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

As Forças de Defesa de Israel que fazem a incursão por terra na Faixa de Gaza dividiram o território em duas partes: o norte, ocupado pelos soldados, e a parte sul, para onde a maioria da população fugiu.

PUBLICIDADE

“Hoje, há o norte de Gaza e o sul de Gaza”, afirmou o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari. “As tropas chegaram à costa da parte sul da Cidade de Gaza e a cercaram”. Hagari afirmou que as tropas israelenses estão realizando ataques a infraestrutura do grupo terrorista Hamas em túneis e também no solo.

A imprensa israelense afirma que as tropas devem entrar na Cidade de Gaza ainda nesta segunda-feira, 6, ou na terça-feira, 7, quando a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas completa um mês.

Soldados israelenses e tanques em posições dentro da Faixa de Gaza  Foto: FDI/Reuters

Essa entrada na Cidade de Gaza já significaria uma nova etapa da guerra, ainda segundo Hagari. No início de outubro, o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, disse que a incursão em Gaza teria três fases e afirmou que Israel “não ocupará Gaza para sempre”.

Apagão

A ofensiva terrestre ocorre em meio a falta de internet dentro do enclave palestino. Reportagens de dentro da Faixa de Gaza foram limitadas pelo apagão, mas segundo a rede britânica BBC, um de seus repórteres afirmou que os bombardeios aéreos de Israel haviam sido os mais intensos desde o inicio da guerra.

Nesta segunda-feira, o NetBlocks, um serviço de monitorização de internet, afirmou que “a conectividade de internet está sendo restaurada” em Gaza, cerca de 15 horas após o início do apagão. Segundo a companhia, este foi o segundo corte mais longo de internet desde o começo do novo conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, uma organização humanitária que atua no enclave palestino, afirmou que o corte de internet afetou mais de dois milhões de civis na Faixa de Gaza.

Publicidade

Civis palestinos procuram por sobreviventes de um bombardeio israelense na Faixa de Gaza  Foto: Mohammed Dahman / AP

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse estar “muito preocupado” com a interrupção das comunicações e os relatos de pesados bombardeios. “Sem conectividade, as pessoas que precisam de atenção médica imediata não podem entrar em contato com hospitais e ambulâncias”.

O diretor da NetBlocks, Alp Toker, afirmou em uma entrevista no domingo que sua organização não foi capaz de determinar imediatamente se o apagão foi causado por bombardeios israelenses no enclave palestino.

Blinken tenta reduzir escalada da guerra

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, participou de uma série de reuniões em meio a ofensiva terrestre israelense na Faixa de Gaza.

Blinken se reuniu com o primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, em Bagdá no domingo, 5, e alertou o Irã de que Washington iria defender suas tropas na Síria e no Iraque caso milicias apoiadas por Teerã continuassem atacando bases americanas. Em Bagdá, Blinken também discutiu o envio de mais ajuda humanitária para Gaza.

No mesmo dia, Blinken se encontrou com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, em Ramallah. O enviado americano também visitou a Turquia nesta segunda-feira, onde se encontrou com o chanceler turco, Hakan Fidan./NY Times

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.