Itália detona bomba da 2ª Guerra encontrada em leito de rio durante seca no país; veja vídeo

Dispositivo de 450 kg de fabricação americana foi encontrado por pescadores no fim de julho, no rio Pó, que atingiu um nível muito abaixo do normal durante o verão escaldante na Europa

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Por Redação
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Uma bomba não-detonada da 2ª Guerra foi encontrada no leito do rio Pó, na Itália, que atingiu níveis baixíssimos durante o verão escaldante no continente europeu. O dispositivo foi detonado por militares italianos no domingo, 7.

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A bomba foi localizada por pescadores nos arredores da vila de Borgo Virgilio, próximo a cidade de Mântua, no dia 25 de julho, segundo informações do coronel Marcos Nasi, em entrevista a Reuters.

Desde então, cerca de 3 mil pessoas foram removidas da região para que os especialistas em explosivos do Exército italiano pudessem retirar a bomba - de fabricação americana e com peso estimado em cerca de 450 kg - e detoná-la em segurança.

Equipe do Exército italiano remove bomba da 2ª Guerra encontrada por pescadores no rio Pó. Foto: Flavio Lo Scalzo/ REUTERS - 07/08/2022

“Inicialmente, alguns dos habitantes disseram que não iriam sair, mas alguns dias depois, acho que conseguimos persuadir a todos”, disse o prefeito da localidade, Francesco Apori, em declaração registrada pela BBC News.

O baixo volume de água do rio Pó é apenas um dos efeitos da crise hídrica enfrentada pela Itália em meio ao verão de temperaturas recordes na Europa. De acordo com especialistas, o país enfrenta um dos anos mais secos desde 1800.

Bomba de fabricação americana, que pesava 450 kg, foi detonada no domingo, 7. Foto: 10th Engineer Regiment/ Handout via REUTERS - 07/08/2022

Dados da unidade climática do Conselho Nacional de Pesquisa do país apontam que 2022 está a caminho de ser o ano mais quente já registrado na Itália. Especificamente no rio Pó, o nível de água desceu tanto que água salgada do Mar Adriático está fluindo de volta pelo rio, colocando a agricultura no fértil delta em risco.

“A seca persiste e a situação está piorando à medida que os meses passam sem chuva”, disse Ramona Magno, do centro de pesquisa Drought Climate Services, em entrevista ao The New York Times./ Com informações do NYT

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