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Lula volta a condenar ações de Israel no Líbano e chama guerra em Gaza de ‘chacina’

No México, presidente brasileiro ainda afirmou mais uma vez que deseja que o Brasil se torne uma ‘zona de paz’ e disse ser contra guerra da Rússia e Ucrânia, dias após rusgas com Zelenski

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Foto do author Sofia  Aguiar
Foto do author Caio Spechoto
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a condenar a nova onda de ataques de Israel ao Líbano nesta segunda-feira, 30, e classificou os conflitos na Faixa de Gaza como “chacina”. As declarações do mandatário brasileiro, dadas durante um evento no México, ocorrem poucos dias depois de Lula ter usado a tribuna da ONU para afirmar que o direito de defesa de Israel “transformou-se no direito de vingança”.

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Falando na abertura do Seminário Empresarial México-Brasil, Lula voltou a defender que quer que o Brasil seja uma “zona de paz” e disse ser contra a guerra da Rússia e da Ucrânia “porque a guerra não traz absolutamente nenhum benefício a ninguém”. “O que ela vai trazer é o resultado do benefício da reconstrução de coisas que já estavam construídas e a gente não consegue trazer de volta as vidas destruídas”, disse o petista.


“É por isso que sou contra e condeno o que Israel está fazendo no Líbano agora, atacando e matando pessoas inocentes”, prosseguiu Lula. “É por isso que sou contra a chacina na Faixa de Gaza, porque já morreram mais de 41 mil mulheres e crianças.”

Na semana passada, Lula foi criticado pelo presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, que apontou durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU que a Rússia está tentando ressuscitar um passado colonial e países como Brasil e China deveriam reconhecer isso ao invés de “tentar aumentar a sua própria influência global às custas da Ucrânia”. As declarações do ucraniano foram uma resposta a um plano de paz para a Ucrânia proposto por Brasil e China. Na visão de Zelenski, o plano apenas beneficia a Rússia.

Durante a semana da Assembleia-Geral da ONU, além do discurso em tom crítico ao governo israelense, a delegação brasileira ainda se retirou do plenário antes de o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu discursar. A ação foi um protesto contra a condução da guerra na Faixa de Gaza e à recente escalada contra o Hezbollah no Líbano.

Lula participou do Fórum Empresarial México-Brasil nesta segunda-feira, 30. Foto: CARL DE SOUZA/AFP

No México, Lula afirmou que a guerra é a “prova da insanidade do ser humano”. “A guerra é a prova da incapacidade civilizatória de um cidadão que acha que ele pode, na explicação de que tem que se vingar de um ataque, fazer matança desnecessária com pessoas que não têm nem como se defender”, afirmou.

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Lula defendeu que o Brasil quer ser uma “zona de paz” e que o País não precisa de conflitos. “Se precisar, eu faço 10 reuniões, 20, 30 reuniões para que a gente possa chegar a um denominador comum, porque é isso que vai ajudar nosso crescimento”, comentou.

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