Em meio à maratona diplomática, o presidente da França, François Hollande, recebeu ontem em Paris a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para discutir o combate ao terrorismo e a crise dos refugiados. Os dois líderes visitaram a região de Praça da República, perto dos locais dos atentados do dia 13 em Paris.
Durante a visita, Merkel anunciou que Berlim enviará 650 soldados ao Mali para reforçar a luta contra organizações jihadistas no país, hoje comandada pela França. Hollande exortou ainda a chanceler a se juntar à luta contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. “Reagiremos rapidamente, pois queremos lutar contra o terrorismo. Essa é nossa missão, nosso dever, o de reagir com determinação”, disse Merkel, abrindo a porta para uma intervenção militar: “Não vamos vencer o Daesh (EI) com palavras. Será necessário meios militares”.
Além de apoio no combate ao terrorismo, a França também pediu o endurecimento do controle imigratório nas fronteiras exteriores da União Europeia, segundo informou o premiê francês, Manuel Valls. O objetivo é recobrar o controle de fronteiras, aliviar a pressão contra o Tratado de Schengen e estabilizar o risco de atentados.