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Naufrágio de barco que transportava imigrantes deixa 61 mortos na Líbia

Rota pelo Mar Mediterrâneo é considerada uma das mais perigosas do mundo; ONU afirma que mais de 2.250 pessoas morreram em travessias este ano

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Por Redação

Um barco com dezenas de imigrantes que tentavam chegar à Europa virou na costa da Líbia, deixando 61 mortos. Mulheres e crianças estão entre as vítimas, informou a agência de migração da ONU.

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A Organização Internacional para as Migrações disse, em comunicado, que o barco em condições precárias transportava 86 pessoas quando fortes ondas o inundaram ao largo da cidade de Zuwara, na costa oeste da Líbia.

Segundo relatos dos sobreviventes, 61 migrantes morreram afogados. As pessoas que conseguiram ser resgatadas com vida foram encaminhadas para um centro de detenção perto da capital Trípoli.

“O Mediterrâneo Central continua a ser uma das rotas de migração mais perigosas do mundo”, escreveu a agência da ONU no X, antigo Twitter. A arriscada rota do Mediterrâneo Central, que parte da Líbia para chegar à Europa é uma das mais usadas pelas pessoas que fogem das guerras e da pobreza em África e no Médio Oriente. Ainda de acordo com a agência, mais de 2.250 pessoas morreram em travessias este ano.

Foto obtida pelo centro que coordena resgates no Chipre mostra barco com imigrantes no Mediterrâneo, uma das rotas mais perigosas do mundo. Foto: Centro de resgate do Chipre / AFP

“Este número dramático mostra que infelizmente não estamos fazendo o suficiente para salvar vidas em alto mar”, lamentou Flavio Di Giacomo, porta-voz da Organização Internacional para as Migrações no Mediterrâneo.

Nos últimos anos, os traficantes de seres humanos se beneficiaram do caos que toma conta da Líbia desde a revolta que derrubou o ditador Muammar Kadafi, em 2011. Os migrantes são amontoados em embarcações mal equipadas, incluindo barcos de borracha, e partem em viagens marítimas arriscadas.

Aqueles que são interceptados e devolvidos à Líbia são mantidos em centros de detenção administrados pelo governo. Nesses locais, há denúncias de abusos e trabalho forçado./AP e AFP

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