O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo, Edivaldo Santiago, confirmou para esta terça-feira a greve de ônibus na capital paulista. Segundo ele, o principal objetivo da paralisação é combater a "concorrência predatória" promovida pelo transporte clandestino. Santiago disse que a categoria promete paralisar toda a frota e bloquear o trânsito nos corredores e principais avenidas. O presidente do sindicato diz que não há possibilidade de voltar atrás porque "a Prefeitura não dá outra alternativa e é necessário colocar a discussão sobre a crise no sistema de transportes à população". O sindicalista diz que, há dois anos, os ônibus transportavam, em média, 130 milhões de passageiros por dia. Hoje, este número recuou para 84 milhões. Santiago diz que, num primeiro momento, a categoria não reivindica reajuste salarial. "Salário não é a ordem do dia", declara. Apesar disso, o presidente do sindicato ressalta que os motoristas e cobradores estão com os salários atrasados e que há mais de três anos as empresas não contribuem para o FGTS. O sindicalista se diz confiante na adesão à greve. Ele conta que o sindicato já realizou dois encontros para debater o assunto e que o apoio foi grande. O início da greve está programado para as 5 horas de amanhã. Às 11 horas, os grevistas planejam um ato no Parque Dom Pedro, zona central da capital.