PUBLICIDADE

Operação prende 334 por ligação com a máfia italiana

Ofensiva é a maior desde a 'Mãos Limpas', que desmantelou a Cosa Nostra, a maior organização criminosa da Itália até então

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

ROMA - Autoridades italianas realizaram nesta quinta-feira, 19, uma grande operação contra o crime organizado, com 334 pessoas detidas na Itália, na Suíça, na Alemanha e na Bulgária por supostos vínculos com a 'Ndrangheta, a máfia da região da Calábria

A operação, chamada "Rinascita-Scott", que atingiu principalmente o clã Mancuso di Limbadi, contou com cerca de 2,5 mil policiais. Foram presos políticos, advogados e outros funcionários, e apreendidos cerca de 15 milhões de euros em bens. 

Policial abre pacote de drogas apreendido com grupo que foi preso em operação contra a 'Ndrangheta', a máfia da região da Calábria Foto: ITALIAN CARABINIERI PRESS OFFICE / AFP

PUBLICIDADE

Ao todo, 416 pessoas foram colocadas sob investigação por acusações de associação à máfia, assassinato, extorsão, usura, lavagem de dinheiro e outros crimes.

Entre os presos estão Giancarlo Pittelli, ex-senador da Força Itália, partido do ex-premiê Silvio Berlusconi, o prefeito de Pizzo Calabro, o advogado Gianluca Callipo, e o ex-vereador do Partido Democrata Pietro Giamborino

O procurador-geral de Catanzaro, Nicola Gratteri, disse que esta foi a segunda operação com mais detenções depois da que levou ao grande julgamento do grupo criminoso Cosa Nostra, depois das investigações dos magistrados da Operação Mãos Limpas, Giovani Falcone e Paolo Borsellino, que acabaram mortos pela máfia.

Gratteri disse que a investigação levou vários anos e conseguiu mapear "os interesses do clã em contatar políticos e empresários, mas também permitiu que relatórios e reuniões entre chefes e afiliados fossem documentados". 

De acordo com os dados coletados, a máfia calabresa, que controla principalmente o mercado de drogas, se infiltrou em outras regiões italianas como Lombardia, Piemonte, Vêneto, Ligúria, Emilia-Romagna, Toscana, Lazio, Sicília, Apúlia, Campânia e Basilicata. / EFE

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.