Os icônicos “arcos dourados” do McDonald’s sumiram das paisagens de Moscou e São Petersburgo. Após a rede americana de fast food anunciar a venda de seus restaurantes na Rússia a um empresário local no mês passado - acompanhando o movimento de marcas ocidentais que deixaram o país após a aplicação de sanções pela Guerra na Ucrânia -, os restaurantes se preparam para o relançamento sob nova identidade visual.
Ainda sem um nome definido para a cadeia de restaurantes que deverá ter mil pontos pelo país, o empresário Alexander Govor apresentou a nova logomarca: composta por duas batatas fritas e um hambúrguer, em tons alaranjados, contra um fundo verde.
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A reabertura dos restaurantes está marcada para o domingo, 12, quando é comemorado o Dia da Rússia - feriado patriótico que celebra a independência do país. Inicialmente com 15 pontos em Moscou e arredores, o relançamento deve acontecer no estabelecimento da Praça Pushkin, mesmo local onde o McDonald’s inaugurou sua primeira loja no país, em 1990.
Quando a União Soviética desmoronou no início da década de 1990, a chegada da rede americana foi vista por alguns como um símbolo do degelo da Guerra Fria. A saída da marca neste momento, pelo contrário, é um lembrete de como a Rússia e o Ocidente estão mais uma vez em caminhos opostos.
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Oleg Paroev, do McDonald’s Rússia, disse que outros franqueados teriam a opção de trabalhar sob a nova marca, mas que a rede realmente deixará o país. No entanto, de acordo com a agência de notícias russa Tass, o McDonald’s permanecerá aberto como de costume nos aeroportos e estações de trem em Moscou e São Petersburgo até 2023, citando uma fonte próxima ao Rosinter Restaurants, outro franqueado.
“A Rosinter tem um acordo único sob o qual a corporação americana não pode tirar a franquia. Eles podem operar em paz”, disse a fonte à Tass. Rosinter se recusou a comentar o caso. O McDonald’s não respondeu imediatamente.
O McDonalds, a maior rede de hambúrgueres do mundo. Apenas no ano passado, a rede gerou cerca de 9%, ou US$ 2 bilhões, de sua receita na Rússia e na Ucrânia./ REUTERS