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Pamela Anderson, símbolo sexual dos anos 1990, decide contar sua história

A loira acaba de lançar um livro e um documentário sobre sua vida está disponível na Netflix, bem diferente da série ‘Pam e Tommy’, que abordou vazamento de imagens íntimas dela

Por Jessica Bennett
Atualização:

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Estou sentada em frente a Pamela Anderson, na mesa de sua cozinha, tentando explicar a ela que tenho um aplicativo em meu celular que me fará parecer com Pamela Anderson.

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“Como assim?” ela diz, com seus olhos azuis se arregalando. “Como ele é? O que ele poderia fazer?”

Eu abro meu telefone para mostrar a ela. Anderson, 55, coloca óculos de leitura e examina minha tela, que transformou meu rosto em uma versão dela dos anos 1990: o cabelo em um coque desgrenhado, sobrancelhas finas como lápis, a boca em um beicinho delineado.

Ela grita. “Isso é insano.” Quando inclino a câmera para ela, ela desvia. “Eu não vou usar isso em mim mesma. Eu não vou. Eu me recuso”, ela diz.

Ela está rindo, mas ela quer dizer isso mesmo. Ela não quer parecer uma versão de 20 e poucos anos de si mesma, nem quer reviver aquele período de sua vida. Ou pelo menos ela não vai deixar ninguém forçá-la a fazer isso.

O mundo aprendeu isso no ano passado, quando soube da reação de Anderson a Pam & Tommy, a série do Hulu que conta a história de sua vida e, em particular, de seu casamento com o baterista do Mötley Crüe, Tommy Lee, o pai de seus filhos.

Pamela Anderson é ativista dos direitos animais, e também se considera vegana Foto: Reprodução/Instagram/@pamelaanderson

Esse relacionamento começou com um romance de quatro dias em Cancún, no México, e um casamento, com Anderson em um biquíni fio-dental, e terminou com Lee na cadeia após ter agredido a esposa enquanto ela segurava seu filho recém-nascido. O casamento começou a desmoronar depois que um vídeo do casal fazendo sexo foi roubado de um cofre em sua casa em Malibu, na Califórnia - e “viralizou” nos anos 1990.

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Se você cresceu em uma certa época, você conhece essa fita. Talvez você até tenha assistido. O VHS era entregue embrulhado em papel pardo nas mãos pegajosas de adolescentes e homens de todo o mundo, rendendo a seus distribuidores US$ 77 milhões em menos de 12 meses.

O que você pode não saber - pelo menos não até assistir Pam & Tommy - é que a fita foi roubada, não vazada pelo casal por publicidade, e que Anderson e Lee entraram com um processo que não obteve sucesso para tentar impedir sua divulgação. Também não era uma fita de sexo, pelo menos não originalmente. Era um vídeo caseiro de 54 minutos, filmado durante os primeiros meses de seu relacionamento, e cerca de oito minutos apresentavam atos sexuais reais. Esses momentos foram combinados por distribuidores de pornografia, transformando-o em um deus do sexo e ela em uma piada.

Pam & Tommy pretendia esclarecer esse pedaço retrô da história dos tabloides e retratar o que acontece quando milhões de pessoas têm acesso íntimo ao símbolo sexual mais famoso do mundo.

Mas Anderson não iria jogar esse jogo. Ela se recusou a assistir à série. Quando Lily James, a atriz que estrela o filme, a procurou depois de assumir o papel para perguntar se elas poderiam conversar - dizendo em uma carta manuscrita, que ela não queria nada além de homenageá-la - Anderson a desdenhou. Uma cópia digitalizada dessa carta ainda está na caixa de entrada de Anderson em algum lugar, não lida.

Para Anderson, Pam & Tommy parecia apenas mais uma exploração. Exceto que desta vez veio embrulhada na promessa de algum tipo de salvação.

“Já foi doloroso o suficiente da primeira vez”, diz Anderson, fazendo uma pausa enquanto tira uma bandeja de legumes assados do forno. Ela parece etérea toda de branco, sem maquiagem e com um par de chinelos, tendo como pano de fundo a neve lá fora. “É como uma daquelas coisas em que você pensa: ‘Sério? As pessoas ainda estão capitalizando com isso?’”

Cena de 'Pam & Tommy', que mostra a história do casal Pamela Anderson e Tommy Lee e o caso da sex tape do casal vazada. Foto: Star+

Ícone de um tempo

É difícil exagerar a influência que Anderson teve em uma determinada era da cultura, que por acaso é aquela em que cresci. Ela era a destilação da fantasia masculina heterossexual que ganhou vida - uma garota canadense de uma pequena cidade que foi transformada em puro erotismo americano.

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Ela já era modelo da Playboy quando ajudou a fazer de Baywatch, que havia sido cancelada anteriormente, a série de televisão mais assistida do mundo - exportando a imagem de um sonho californiano loiro platinado de olhos azuis, correndo em câmera lenta em um maiô vermelho, para mais de 140 países. Mesmo três décadas depois, os cirurgiões plásticos atribuem a Anderson o início de uma era de cirurgias plásticas que os tornou ricos. Ela foi a precursora de Girls Gone Wild, dos abdomens à mostra e das vozes sensuais infantilizadas de Paris Hilton e Britney Spears, de toda uma faixa da cultura que parecia defender a objetificação como empoderamento, desde que você pudesse se convencer de que estaria no controle.

No entanto, dizer que ela foi objetificada quase não faz justiça ao tratamento que recebeu. Relembrar os muitos, muitos artigos escritos sobre Anderson ao longo dos anos é aprender que “as cabeças, como sempre, viram” quando ela entra na sala. Que muitas das palavras usadas para descrevê-la eram “peituda, loira, gostosa, mulherão, ousada” e que no dia em que uma revista feminina se sentou para entrevistá-la, “suas sardas se destacavam mais do que seus seios. "

“Estou fisicamente atraído por Pamela Anderson? Claro”, escreveu o crítico Chuck Klosterman em seu manifesto sobre a baixa cultura, Sex, Drugs and Cocoa Puffs. “Mas quanto mais a vejo, mais percebo que não estou olhando para uma pessoa com quem gostaria de dormir; estou olhando para a América.

Mas se você realmente quer entender o impacto cultural de Anderson, simplesmente tente dizer às pessoas que está escrevendo um artigo sobre ela. As mulheres dizem coisas como: “Eu passei fome para parecer com ela”, enquanto os homens sugerem: “Você deveria tirar uma selfie com os seios para fora” ou perguntam: “Tem certeza de que não precisa de um assistente?” Durante anos, Anderson diria em entrevistas: “Achei que a novidade já havia passado”. Não passou. Ela transforma homens adultos em versões adolescentes de si próprios cheios de tesão.

E então, é claro, há aquela fita. Aquela fita, que ajudou a normalizar a pornografia online e, literalmente, popularizou a internet. Foi uma precursora da fita de sexo das celebridades como a conhecemos e, em última análise, contribuiu para muitas das leis de privacidade e pornografia de vingança que dificultariam sua distribuição hoje.

Pamela com camisa do PETA, ONG que luta pelos direitos dos animais. Foto: Jim Young/Reuters

Tudo isso fez Anderson parecer uma candidata perfeita para o tipo de reenquadramento narrativo que Pam & Tommy estava oferecendo - o tipo que estamos oferecendo a todos os tipos de mulheres hoje em dia, enquanto relembramos as tragédias de suas vidas com um olhar mais novo, mais iluminado.

E, no entanto, não é um pouco paternalista essa noção de que uma série de TV deveria aparecer e corrigir o passado cultural em nome dela? No mínimo, é estranho. “Quero dizer, provavelmente sou um estudo de caso para qualquer feminista”, reconhece Anderson, e ela se considera uma, a propósito. Mas ela não está morta. Não é meio estranho outra pessoa reexaminar sua história enquanto ela está aqui?

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‘Eu apenas bloqueei tudo’

Nos últimos anos, Anderson tem feito uma espécie de reexame pessoal.

Ela vendeu sua casa em Malibu durante a pandemia e voltou para sua pequena cidade natal na ilha de Vancouver, em uma propriedade arborizada à beira-mar que comprou de sua avó há duas décadas. Exceto por um breve relacionamento com um trabalhador da construção civil que estava trabalhando em sua casa (você pode ler sobre isso nos tabloides), ela diz, este é o período mais longo que ela já passou sozinha.

Foi aqui, em uma casa modesta ao lado de seus pais - ela os trouxe para o complexo no ano passado - com seus três cachorros perambulando pelo jardim, que ela começou a escrever a história de sua vida. (Quer fazer algo estranho? Anderson brinca quando a conheço. Escreva um livro sobre sua vida e depois traga seus pais para a casa ao lado.)

A princípio, ela pensou que poderia postar trechos em seu site - um site, aliás, que ela controla há pouco tempo depois de anos de impostores usando-o para vender mercadorias falsas e Viagra barato. Então, ela pensou, poderia simplesmente escrever tudo para seus filhos, Brandon e Dylan Lee, que agora são adultos e moram em Los Angeles. Mas finalmente - por insistência de seu filho mais velho, Brandon, o guardião não oficial do legado de sua mãe (“Eu trabalho para ele”, ela brinca) - ela decidiu publicá-lo, realmente publicá-lo, em forma de livro de memórias. Love, Pamela foi lançado em janeiro, juntamente com um documentário da Netflix coproduzido por Brandon, que fornece uma espécie de acompanhamento visual.

A estrela de 'Baywatch' ('SOS Malibu') Pamela Anderson foi a última a posar nua na 'Playboy' na edição janeiro/fevereiro de 2016. Foto: Reprodução/Playboy

O livro é uma mistura de narrativa e poesia (sim, Pamela Anderson escreve poesia), uma cronologia de sua vida “do começo ao fim, da minha primeira memória à minha última” que ela espera que, se não for esclarecer exatamente as coisas (ela é hesitante em usar essa frase), apenas explique-a para um mundo que há muito assumiu que já a entendia.

Se você cresceu pensando que Anderson teve uma educação tão ensolarada quanto seu cabelo, você estaria errado. Ela cresceu na pobreza, com um pai violento que ela diz ter amolecido em sua idade avançada e uma mãe que tentou deixá-lo mais de uma vez, mas sempre voltou. Sua infância às vezes foi “insuportável”, ela escreve, marcada pelo abuso: ela escreve que foi molestada por uma babá que ela acabou enfrentando, dizendo que esperava que ela morresse - apenas para saber, não muito tempo depois, que a menina morreu em um acidente de carro. Ela não podia contar a seus pais, ela escreve, porque então eles saberiam “que eu a matei com minha mente mágica”.

Sua primeira experiência sexual com um homem, por volta dos 13 anos, foi com alguém mais de uma década mais velho e terminou em estupro. Ela teve um namorado do ensino médio que uma vez a expulsou de um carro em movimento e outro que deixou seus amigos abusarem dela no banco de trás. “Eu não contei a ninguém”, ela escreve. “Eu apenas bloqueei tudo.”

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Anderson estava trabalhando em um salão de bronzeamento quando foi descoberta com 20 e poucos anos em um jogo de futebol local: o Jumbotron exibiu uma jovem morena em uma camiseta da cerveja Labatt, e a empresa prontamente a contratou como modelo. A Playboy rapidamente ligou; queria que ela fosse para uma sessão de fotos em Los Angeles, e rápido.


Ela decidiu fazer isso em parte para desafiar o noivo da época, que a proibiu. (Aquele mesmo cara, ela escreve, uma vez disse que ela era “muito sexual para ser confiável” - enquanto estava tendo um caso.) Ela vomitou durante a primeira sessão de fotos, depois que uma maquiadora tocou seu seio. “Eu não conseguia acreditar que uma mulher havia me tocado ali, simplesmente não conseguia”, ela escreve. Ela posaria para mais capas da Playboy do que qualquer outra pessoa na história da revista, incluindo sua última edição nua, publicada em 2015, na qual ela usava nada além de uma gargantilha de ouro na qual se lia “sexo”.

Que Pamela Anderson, criatura hipersexualizada, tenha sido alvo de traumas sexuais não é coincidência, claro. Ela escreve que aprender a se ver como sexual foi como ela recuperou algum controle. “Foi minha escolha”, ela escreve sobre sua decisão de posar nua. Mas também “deu a algumas pessoas o ímpeto, infelizmente, de me tratar sem respeito”.

Anderson transformou a Playboy em pequenos papéis de atriz, como Lisa, a garota “Tool Time” em Home Improvement. Mas foi interpretar a salva-vidas C.J. Parker em Baywatch que realmente marcou Anderson na memória cultural. “Baywatch” foi uma das séries mais amplamente distribuídas da história, e muitos de seus acordos internacionais tinham cláusulas de Pamela para garantir que ela aparecesse neles, ela escreve. Logo vieram os produtos: Baywatch Barbie, uma Pammy-Cola. Seu rosto e corpo apareciam em figurinhas, cartões telefônicos pré-pagos, adesivos e boias infláveis. “Tantas pessoas me diziam, ‘Eu só queria poder engarrafá-la e vendê-la’”, ela me diz. “Mas eu não sou uma coisa.”

Antes mesmo da fita, “Pamela Anderson” já estava entre os termos mais buscados na internet. Em 2000, o Guinness World Records a nomeou a “estrela mais baixada” de todos os tempos. (Eles lhe enviaram uma placa, ela diz.)

Ela ganhou pouco com essas ramificações, é claro. Na época em que negociou seu contrato com Baywatch, ela disse, não tinha agente nem empresário; ela mal tinha ouvido termos como “sindicação” e “direitos de merchandising”, muito menos sabia como negociá-los. “Eu era uma garotinha do Canadá que veio para cá e corria na praia. Tipo, como você acha que isso daria dinheiro?”

Com a fita de sexo ou sem a fita de sexo, não houve muita variação para a marca Pamela Anderson daquele ponto em diante. Ela tinha sido uma gata com ferramentas, depois uma gata na praia. Ela continuaria interpretando uma gata que era uma caçadora de recompensas (Barb Wire - a Justiceira), uma gata confundida com guarda-costas (V.I.P.), uma gata que trabalha em uma livraria (Stacked - entendeu?), uma das duas gatas loiras em um filme chamado Ataque das Loiras e uma gata interpretando a si mesma, a obsessão americana de um repórter cazaque chamado Borat.

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Mas ela também estava na brincadeira, pelo menos até certo ponto - se despindo em S.N.L. para superar seu medo do palco; marcando partes de seu corpo como pedaços de carne para a PETA; encarnando o papel de um desenho animado em Stripperella, criado pela lenda da Marvel Stan Lee, sobre uma super-heroína que podia cortar vidro com os mamilos. (Ele queria fazer o desenho animado nu. Anderson disse que não.) “Meus seios têm uma carreira”, ela brincou uma vez na Esquire. “Estou apenas acompanhando.”

Claro, há coisas que ela gostaria de poder refazer. Os seios (implantados, depois desinflados e implantados novamente - “um ciclo vicioso”, ela escreve), os casamentos (alguns deles, com homens que parecem “piorar progressivamente”, ela brinca), as más escolhas de carreira (reality shows), as piores decisões financeiras (incluindo uma pesada dívida fiscal), levando a escolhas de carreira ainda piores (Dancing With the Stars). Mas isso não é o mesmo que ter arrependimentos. “Acho que a coisa do símbolo sexual faz parte do que as pessoas pensam de mim”, ela diz. “E não é como se eu estivesse tentando mudar isso.”

Só que se alguém vai contar a história da vida de Pamela Anderson em 2023, será ela.

‘Não sou uma donzela em perigo’

Havia uma certa dança que esperávamos de mulheres que ganhavam a vida, em parte, sendo bonitas na década de 1990 (ou talvez sempre esperássemos de símbolos sexuais). Esperávamos falar sobre seus corpos na frente delas e fazê-las rir junto. Esperávamos que incorporassem a perfeição, mas nos ressentimos por se conformarem a um ideal inatingível. Esperávamos que elas tivessem aspirações mais elevadas - mas zombávamos de qualquer sugestão de que pudessem.

Anderson, na maioria das vezes, fez essa dança sem esforço: ela estava grata pela mão que recebeu, feliz pela oportunidade, honrada por sua fatia de sucesso, mesmo que ela nunca tivesse tido a chance de “mostrar realmente do que eu sou capaz”, ela diz.

Mas agora há uma nova dança que esperamos, muitas vezes dessas mesmas mulheres: se elas estão entre aquelas que, no passado, foram tratadas de maneira particularmente cruel - aquelas para quem havia uma fita de sexo, uma tutela, um caso, uma overdose de drogas - oferecemos a elas redenção, em troca de sua vida pública de novo.

Pamela Anderson não quer fazer essa dança.

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Ela está contando sua história, sim, e essa história pode confirmar muitas das coisas que as pessoas supõem sobre ela. Mas desde que a fita foi divulgada, ela também não desmoronou. Ela criou dois filhos, que são seus mais ferrenhos defensores. Ela desenhou acessórios veganos, publicou uma série de romances, coescreveu um livro de conselhos sobre relacionamentos, produziu um documentário sobre carne, iniciou uma fundação e se tornou uma espécie de musa da arte.

No ano passado, ela estreou na Broadway em Chicago, interpretando o papel da incompreendida sedutora Roxie Hart - uma personagem com quem ela disse sentir uma afinidade particular. Seu desempenho foi surpreendentemente bem recebido. Mas essa é a coisa sobre todo aquele tema da loira burra, Anderson diz ironicamente: “Só posso surpreender as pessoas”.

Durante anos, ela diz, resistiu a ofertas para fazer projetos sobre sua vida, sem se convencer de que alguém precisava saber dela, contente com sua marca na cultura sem querer desafiá-la. Ela não está atrás de validação ou afirmação e não está particularmente preocupada com seu legado.

Mas o livro, ela diz, despertou algo primitivo nela. Ela diz que é a primeira coisa em sua vida sobre a qual teve controle total - até as edições de cópia, que ela mesma insistiu em transferir para o manuscrito - e perder esse controle não era uma opção. “Realmente era vida ou morte”, ela diz. “Senti que precisava contar minha história. E eu realmente não poderia deixar ninguém fazer isso além de mim.”

Às vezes, quando falamos sobre a ideia de agência, esquecemos que se trata tanto das histórias que contamos a nós mesmos quanto das ações que tomamos. Não é apenas sobre o que aconteceu conosco; é sobre o papel que sentimos que desempenhamos no que aconteceu. É a diferença entre posar para a Playboy e uma fita de sexo roubada. É por isso que ouvir alguém contar sua vida para você pode deixá-lo doente, enquanto contar sua própria história, com suas próprias palavras, pode parecer uma questão de sobrevivência.

No trailer de Pamela - Uma História de Amor, Anderson e seu filho Brandon apresentam através de uma série de clipes como ela foi explorada, perdeu o controle de sua imagem, teve que fazer uma carreira com as peças que sobraram. Mas o trailer é desafiador.

“Eu não sou a donzela em perigo”, declara uma Anderson de cara lavada em um ponto, então sugere que fará todas as entrevistas nua.

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O tom, como sempre, com Pamela Anderson, é leve e charmoso, mas a mensagem é clara: você passou anos me olhando de boca aberta, babando e me reduzindo a uma piada. Não ouse se sentir bem consigo mesmo por me resgatar agora. /TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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