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Educação pela web divide opiniões de usuários

Serviços ajudaram garoto de São José dos Campos a passar no vestibular, mas são criticados por paulistano por serem 'tradicionais demais'

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Por Matheus Mans
Atualização:
Foco. Varis passou no vestibular apenas com aulas online Foto:

O paulista Gilberto Varis saiu da escola há cinco anos e não sabia qual profissão seguir. Ele não conseguia encontrar os meios ideais para estudar aos concorridos vestibulares do País: não se adaptou ao cursinho, mas também não conseguia estudar sozinho.

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“No cursinho, tinha muita gente conversando e professor falando devaneios na frente da sala”, afirma Varis. “Eu estava perdido na vida.”

Ele só achou seu rumo quando conheceu as plataformas de estudo online Hora do Enem e o Game Geek. “Me dei muito bem com as plataformas virtuais de educação”, conta o paulista, de 23 anos. “Elas tinham plano de estudos para alguém desorganizado como eu, um professor falando o que eu precisava saber”, diz. “Funcionou como um relógio suíço.”

Apenas estudando em plataformas online, o jovem passou na primeira lista de aprovados para a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) nos cursos de Ciência da Computação e Biblioteconomia – mas ainda não se decidiu. “Quem usa essas plataformas precisa ter foco e concentração. Eu consegui ter as duas coisas e tive um bom resultado”, diz Varis.

Outro fã das plataformas é João Holanda, de 54 anos. Desenvolvedor de software, Holanda encontrou nas plataformas de educação online um meio de aprimorar seus conhecimentos. “São cursos de altíssimo nível, com excelentes materiais e professores”, conta o programador. “Muitas vezes, eles abordam temas que sequer temos acesso na região em que moramos”, afirma o morador de Brasília, no Distrito Federal.

Holanda já usou as plataformas Duolingo, FluentU, LyricsTraining, Italki, Udemy, Egghead e Coursera. “Fiz cursos de programação, ciência de dados, estatística. Dá para aprender, é só ter objetivo.”

Não são todos, porém, que se encantam pelas plataformas. Paulistano, Pedro Balciunas, de 22 anos, não conseguiu aproveitar os cursos que tentou, nas plataformas Duolingo e My English Online. “O ensino dessas plataformas ainda é muito cartesiano, baseado no modelo presencial”, afirma Balciunas, estudante de jornalismo. “Eles tentam colocar games no meio do ensino, mas acabam adotando o mesmo sistema de avaliação e ensino com uma ‘cara’ mais bonita. Não me convenceu.”

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