Inteligência artificial está em todo o lugar: confira 5 jogos que abordam a tema

Games projetam um futuro não muito favorável para os seres humanos

Por Marco Dias

Começar o dia com um “Alexa, desligar alarme” já faz parte da rotina de muita gente. Os avanços da inteligência artificial (IA) facilitam e otimizam a vida, ajudando em tarefas do dia-a-dia. O assunto, amplamente discutido em livros, séries e filmes, ganhou uma nova camada, chegando aos videogames. Em comum com os outros formatos, as abordagens presentes nos jogos quase sempre trazem um futuro não muito favorável para a humanidade.

Para trazer uma visão de como pode ser esse futuro, preparamos uma lista com cinco jogos que trazem ps possíveis efeitos de expansão da inteligência artificial. Confira abaixo.

Detroit: Become Human (2018)

Quantic Dream. Foto: Reprodução Foto: Quantic Dream. Foto: Reprodução

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O jogo é ambientado em Detroit, no ano de 2038, época em que a IA evoluiu ao ponto de androides dividirem espaço com os seres humanos. Eles ocupam funções variadas, desde trabalhos domésticos, segurança, construção civil e, até mesmo, em bordéis, onde os clientes podem “alugá-los” para fins sexuais.

No mundo de Detroit: Become Human, somos apresentados a três androides: Kara, encarregada de serviços domésticos, que acaba testemunhando casos de violência doméstica; Markus, enfermeiro e amigo de um artista idoso; e Connor, um detetive encarregado de ajudar a polícia a investigar crimes cometidos por outros androides, chamados de Divergentes.

O jogo amplia a discussão sobre o conceito de humanidade, já que ao longo da história, os Divergentes, começam a adquirir consciência, se portando com humanos, ou seja, criando laços afetivos, sentindo raiva, medo, alegria e outros sentimentos que, até então, eram inimagináveis.

Disponível para PlayStation 5, PlayStation 4 e Windows

Stray (2022)

BTwelve Studio. Stray. Foto: Divulgação Foto: Stray. Foto: Divulgação.

Em Stray, a história acontece em um mundo cyberpunk, uma sociedade tecnológica, mas esquecida, que é povoada por robôs criados para servirem aos humanos. Porém, com a evolução da IA, eles ganharam consciência, se tornaram independentes e ocuparam o lugar das pessoas.

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Com isso, o protagonista da história é um gatinho laranja que, após ser separado de seus irmãos, se vê perdido no meio da cidade dos robôs. O felino, então, decide ajudar as máquinas, enquanto busca um caminho de volta para casa.

Porém, em vez de transformar as máquinas em monstros, o jogo mostra que o estrago da cidade não foi provocado pelos robôs, mas sim pelos humanos. A necessidade humana de construir um lugar seguro onde todos pudessem viver também criou uma forma de separá-los das máquinas.

Disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, MacOS e Windows

Watch Dogs: Legion (2020)

Ubisoft. Watch Dogs: Legion. Foto: Reprodução. Foto: Ubisoft. Watch Dogs: Legion. Foto: Reprodução.

Watch Dogs: Legion é o terceiro jogo da franquia Watch Dogs, que já nasceu com a proposta de um mundo altamente tecnológico, onde a IA está mais inserida na rotina do que vemos hoje em dia.

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Após um grande ataque terrorista em diversas partes de Londres, a Albion, uma milícia armada controlada por Nigel Cass, fica responsável pela segurança da capital. O ataque desencadeou uma crise, influenciando no crescimento do crime organizado na capital.

Aqui, assim como nos títulos anteriores, o jogador deve se unir a rede de hackers da DedSec, lutando contra o grande inimigo e o crime organizado. O grande diferencial é que dá pra jogar com qualquer personagem do jogo, além de contar com uma inteligência artificial - Bagley - como aliada, e não apenas como uma grande ameaça ou mera coadjuvante sem relevância.

Disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X e S, Windows

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The Uncertain: Light At The End (2020)

Steam. The Uncertain: Light At The End. Foto: Reprodução. Foto: Steam. The Uncertain: Light At The End. Foto: Reprodução.

Em The Uncertain: Light At The End, segundo jogo da franquia The Uncertain, a história se passa anos após a humanidade ter causado seu próprio fim, e deixado para trás uma raça de robôs com uma inteligência artificial consciente.

No primeiro jogo, a história era contada do ponto de vista do robô RT, que se aliou a um pequeno grupo de máquinas para ajudar os poucos humanos que sobraram no mundo. Já nessa segunda parte, o foco de desenvolvimento é uma garota chamada Emily, que fazia parte do grupo ajudado pelo RT.

Por meio de diálogos entre a protagonista e seu grupo, descobrimos como cada um lidou com o fim do mundo, como eles se encontraram e suas relações com a IA que permeia toda a história.

Disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Windows, Linux e MacOS

Cyberpunk 2077 (2020)

CD Projekt Red. Cyberpunk 2077. Foto: Reprodução. Foto: CD Projekt Red. Cyberpunk 2077. Foto: Reprodução.

Cyberpunk 2077 é um jogo que mistura IA, genética, nanotecnologia, fusão entre homem e máquina, além de conceitos de ficção científica em um futuro distópico.

Em termos de narrativa, somos apresentados a cidade fictícia de Night City, um local com diversas facções criminosas, melhorias cibernéticas, grandes corporações e muita violência. Com a premissa cyberpunk embutida no nome, o cenário é altamente tecnológico, mas abandonado.

Cyberpunk desafia o limite entre a realidade e os limites da inteligência artificial e da tecnologia, apresentando um futuro onde os avanços tecnológicos não foram benéficos para a humanidade.

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Disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X e S e Windows

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