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Startups apostam em xadrez mágico e pebolim conectado

Feito por startup indiana, SquareOff usa ímãs e inteligência artificial para dar xeque-mate em experiência arcaica; já a francesa Foosball Society quer usar jogo para medir interação entre colegas de trabalho

Por Bruno Capelas
Atualização:
O tabuleiro de xadrez da startup indiana SquareOff Foto: SquareOff

Jogar xadrez com peças de madeira ou curtir o bom e velho pebolim (ou “totó”, se você estiver no Rio de Janeiro) são duas atividades que muita gente identifica com tempos em que a tecnologia não estava tão presente nas nossas vidas. Mas há quem pense justamente o contrário: lá fora, há startups pensando em como a inovação pode melhorar essas diversões analógicas. 

É o caso da startup indiana Infivention, que começou a entregar em janeiro as primeiras unidades do SquareOff, um tabuleiro de xadrez capaz de agradar aos fãs de Harry Potter. Com ajuda de indução eletromagnética, o tabuleiro pode movimentar as peças sozinho, como se fosse mágica. “Nossa ideia inicial era criar um tabuleiro de xadrez para cegos, com comandos de voz, mas vimos que era uma ideia que servia para qualquer um”, explica Bhavya Gohil, presidente executivo da empresa. 

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O SquareOff tem três modos de jogo diferentes. No primeiro, o jogador deve enfrentar uma inteligência artificial, com diferentes níveis de dificuldade – a máquina demora alguns segundos para responder à jogada do humano. Se o tabuleiro estiver conectado à internet, é possível jogar contra um amigo pela rede – para isso, o adversário deverá ter um tabuleiro igual ou usar o aplicativo oficial da empresa. Além disso, para os aficionados por xadrez, é possível baixar partidas clássicas e assisti-las sendo jogadas no SquareOff. 

No momento, a SquareOff está apenas aceitando encomendas das duas versões do tabuleiro, com preços que variam entre US$ 319 e US$ 399 – a mais cara, além de ser maior, também tem um espaço específico para as peças “estacionarem” depois de serem descartadas do jogo. 

A mesa de pebolim da francesa Foosball Society tem sensores para medir a velocidade da bola durante o jogo Foto: Foosball Society

Gol de goleiro. Já a startup francesa Foosball Society quer dar ao pebolim um toque moderno e cheio de estatísticas. Para fazer isso, a empresa instalou sensores e câmeras de vídeo em uma mesa tradicional de pebolim, sendo capaz de registrar, por exemplo, a quantidade de passes de cada time ou a velocidade que a bola teve até chegar no gol. “O jogo em si muda muito pouco, mas sim a forma que a partida é registrada”, explica Adrien Charles, diretor técnico da empresa. 

Além disso, a mesa também é capaz de armazenar os dados sobre quem está jogando, com ajuda de um aplicativo para smartphone – podendo, por exemplo, fazer um ranking dos melhores jogadores entre uma turma de amigos. O produto chegou ao mercado em 2017 e pode ser encomendado no site oficial da startup. O preço, porém, é salgado: US$ 5,4 mil.

Até por conta do preço, o foco da Foosball Society no momento é a venda da mesa para empresas. “Com a mesa, é possível medir o ‘espírito de equipe’ entre funcionários. O pebolim pode ser um bom símbolo da sincronia entre as pessoas”, diz Charles. Segundo ele, hoje mais de 50 empresas já estão jogando pebolim na França – incluindo a companhia de tecnologia SAP e a operadora Orange. 

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*O repórter viajou a convite da Consumer Technology Association (CTA)

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