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O melhor do Geo Summit 2009

Depois de perambular pelos corredores do Centro de Convenções Imigrantes em São Paulo, ficou claro que existe todo um mundo de geoprocessamento que vai muito além do Google Maps.

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Por Redação
Atualização:

O objetivo do Geo Summit foi discutir o futuro do geoprocessamento e apresentar as novidades do mercado a pesquisadores e profissionais da área. Não é coisa para nós, meros mortais, mas com certeza as tecnologias apresentadas certamente chegarão a nós de maneira indireta.

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Os aparelhos profissionais de GPS foram os gadgets que mais chamaram a atenção. Esses aparelhos, que mais parecem cajados hi-tech, se destinam a fazer medições avançadas e mapeamento. São graças a aparelhos assim que temos mapas navegáveis em aparelhos automotivos de GPS ou achamos coordenadas geográficas exatas no Google Maps ou Google Earth.

Uma nova geração de scanners laser que foi mostrada também impressionou. O aparelho consegue monitorar 360 graus, com precisão milimétrica, minas e áreas de escavação. Basicamente, o aparelho consegue gerar um mapa tridimensional do terreno e, com um softwares especial, determinar milimetricamente o quanto foi escavado da mina, dando uma estimativa precisa de quantas toneladas de minério foram extraídas. Sem um aparelho desses, era necessário que funcionários medissem manualmente pontos perigosos, com risco de desmoronamento, um trabalho arriscado e moroso. Com esse scanner, denominado Ilris, é possível rastrear 10.000 pontos por segundo, em tempo-real.

Outra coisa bastante impressionante foi o nível de qualidade das imagens de satélite. O Geoeye-1 consegue um nível de detalhamento violento. A resolução da imagem é tão grande que é possível ver objetos a partir de 0,5 metro.

E o que fazer com imagens tão detalhadas? Ora, com esse tipo de precisão, é possível realizar medições a partir de imagens especialmente processadas para oferecer precisão máxima.

Um mouse especial, denomininado topomouse, consegue navegar pelos modelos tridimensionais criados a partir das imagens e, com um clique, determinar a altura do ponto escolhido. Com a ajuda de um monitor 3D, é possível que pesquisadores façam medições avançadas e compartilhem estudos sem precisar deslocar funcionários para isso, o que leva muito tempo.

A visita ao Geo Summit foi esclarecedora. A tecnologia da geoinformação era restrita aos governos e forças armadas do mundo até poucas décadas atrás. Hoje, todo mundo pode ter acesso a imagens aéreas de graça. A análise dessas imagens e a inteligência que pode ser embutida nelas é que faz a diferença. Em breve, falaremos mais sobre geoinformação e como as pessoas podem colaborar para o desenvolvimento de uma inteligência geoespacial coletiva.

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