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Uma maratona de cultura hacker

Etapa brasileira do torneio mundial de programação do Facebook incentiva o desenvolvimento de novos apps sociais

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Por Anna Carolina Papp
Atualização:

Etapa brasileira do torneio mundial de programação do Facebook incentiva o desenvolvimento de novos aplicativos sociais

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SÃO PAULO – Imagine uma sala grande, iluminada, cheia de computadores, programadores e muita bebida energética. É nesse ambiente que o Facebook organizou uma maratona hacker em São Paulo, no fim de agosto, para estimular a criação de aplicativos sociais integrados à sua plataforma.

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O encontro fez parte do World Hack 2012, série de maratonas do tipo promovidas pela rede social durante agosto e setembro, em 12 cidades pelo mundo. Em um ambiente descontraído, programadores se reúnem para trocar experiências com engenheiros da empresa e para desenvolver aplicativos. Eles concorrem a prêmios, como a uma viagem a São Francisco para conhecer o câmpus do Facebook e sua equipe de desenvolvedores.

Às 9h da sexta-feira, 31, quase 200 pessoas já estavam presentes para o início do encontro. A programação incluía palestras sobre APIs do Facebook e sobre o conceito de Open Graph – quando as atualizações de um aplicativo aparecem integradas à timeline –, para que os programadores pudessem se familiarizar com o código. A partir das 13h, as equipes se debruçavam sobre seus computadores para, em oito horas, tentar desenvolver o melhor aplicativo social.

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“No Facebook, a cultura hacker é uma parte muito importante”, disse ao Link James Pearce, chefe dos desenvolvedores da rede social. “Estamos sempre experimentando e testando novas ferramentas para explorar oportunidades por meio da criação de softwares nesse tipo de encontro.” Pearce diz que começou a programar com apenas nove anos de idade e é um apaixonado pelos códigos. Ele conta que maratonas assim são feitas todos os meses com engenheiros do Facebook. Uma delas foi na madrugada que antecedeu a abertura de capital da rede social, em maio.

“Fazemos hackathons na nossa própria empresa, então o que queremos fazer é levar este conceito à comunidade de desenvolvedores pelo mundo, em lugares onde sabemos que há coisas muito criativas e empolgantes acontecendo em termos de desenvolvimento de software”, diz. “E o Brasil é uma dessas regiões”.

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Os aplicativos foram premiados em categorias diferentes. “Queremos apps que aproveitem o máximo possível da relação que você tem com seus amigos. Como o app vai permitir que você conte uma história e que, enquanto usuário, expresse sua identidade?”, questiona Pearce.

O projeto Pop Now ganhou na categoria de melhor app. Com ele, o usuário recebe notificações que o incentivam a tirar fotos da atividade que está realizando no momento. O título de melhor game ficou para o app Top Top, que testa o quanto o usuário conhece seus amigos. Na categoria aplicativo móvel, o vencedor foi o Carbon Free, que calcula a emissão média de carbono do veículo com base em mapeamento por GPS. E, por fim, o app Save the Pets, que permite contar uma história e compartilhar imagens de um animal encontrado ou perdido, ficou com o título de melhor Open Graph.

Para Pearce, apps sociais são populares por causa do desejo das pessoas de interagir e contar histórias. E esse comportamento foi potencializado pela mobilidade. “Gostamos de brincar que, se Mark Zuckerberg criasse o Facebook hoje, ele seria primeiramente um aplicativo móvel, e só depois para iria para o desktop”, disse.

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