Astronautas contribuem para o lixo espacial

A Nasa e a Força Aérea dos EUA rastreiam objetos com mais de 10,2 centímetros. O "placar" oficial, até quinta-feira, era de 9.925 objetos

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Por Agencia Estado
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É um lixão lá em cima no espaço, e às vezes os astronautas contribuem com a sujeira. Em 1965, o primeiro americano a caminhar no espaço, Ed White, perdeu uma luva de reserva. Desde então, astronautas vêm acrescentando itens às mais de 100.000 peças de lixo espacial que circundam a Terra. Nesta semana, uma porca, uma mola e dois parafusos se uniram ao lixão cósmico, perdidos durante a retomada da construção da Estação Espacial Internacional (ISS). Em julho, o astronauta Piers Sellers informou, timidamente, a perda de uma espátula. Apelidada "spatsat" pelos entusiastas do lixo espacial, ela voltou à Terra como uma bola de fogo no início de setembro. Para os engenheiros, não há nada engraçado nesses suvenires que ficam, inadvertidamente, flutuando no vácuo. Essas peças podem matar astronautas, perfurar trajes espaciais, danificar satélites e, no mínimo, riscar as caríssimas janelas dos ônibus espaciais. "O problema está ficando cada vez mais sério", disse o diretor do Centro de Estudos de Reentradas Orbitais e de Detritos da Aerospcae Corp., em Los Angeles. "São as coisas pequenas que virão para pegar a gente". A Nasa e a Força Aérea dos EUA rastreiam objetos com mais de 10,2 centímetros. O "placar" oficial, até quinta-feira, era de 9.925 objetos. Mas os 90.000 detritos menores que 10 cm podem ser perigosos, girando em torno da Terra a mais de 24.000 km/h.

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