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Banco Mundial alerta sobre possível colapso de bancos em Gaza

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Por Redação
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O Banco Mundial informou neste sábado que o reforço do bloqueio de Israel à Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, levou a uma falta de dinheiro em espécie que pode fazer com que os bancos do empobrecido território palestino entrem em colapso. Agências bancárias da Faixa de Gaza estão fechadas desde quinta-feira porque não têm dinheiro o suficiente para operar normalmente. Israel endureceu o bloqueio das fronteiras de Gaza no último mês, em um momento em que a violência do outro lado da fronteira aumentou, o que levou ao estrangulamento do fornecimento de dinheiro. "O atual bloqueio de Gaza e severas restrições no fluxo de produtos e pessoas continua a ser uma causa de grande preocupação", informou o Banco Mundial em um comunicado. A "séria falta de dinheiro em espécie foi causada pelas restrições de Israel em transferir notas bancárias para Gaza", informou o comunicado. "A crise de liquidez poderá levar ao colapso do sistema bancário comercial de Gaza", acrescentou, alertando também que isso poderá acarretar "sérias implicações humanitárias". A nota pede que Israel "aja rapidamente para restaurar a liquidez nas agências bancárias de Gaza", antes do feriado islâmico de Eid al-Adha, que começa na segunda-feira e dura três dias. Israel permitiu que dezenas de caminhões carregados com comida e medicamentos entrassem na Faixa de Gaza na quinta-feira, mas não ficou claro quando vai permitir que dinheiro reabasteça os estoques de moeda do enclave costeiro. O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, cujo governo tem apoio do Ocidente e é sediado na Palestina ocupada por israelenses, disse esta semana que não há dinheiro o suficiente em Gaza para cobrir os salários para os mais de 77 mil empregados do governo. Fayyad disse que são necessários 250 milhões de shekels (63 milhões de dólares) para pagar os salários, mas os bancos de Gaza têm somente 47 milhões de shekels. Israel reforçou o bloqueio à Faixa de Gaza há um ano, após o Hamas ter tomado o poder do território das mãos das forças seculares do Fatah, leais ao presidente Mahmoud Abbas.

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