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Barrichello reluta em dizer adeus à Fórmula 1

Por ALAN BALDWIN
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Rubens Barrichello prepara-se para o Grande Prêmio do Brasil neste fim de semana sabendo que esse pode ser o marco final de uma carreira na Fórmula 1 em que ele disputou mais corridas do que qualquer outro piloto na história. Com ambos os campeonatos mundiais de 2011 já conquistados por Sebastian Vettel e sua equipe Red Bull, que estarão buscando bater recordes no encerramento da temporada, o futuro do piloto brasileiro será um dos assuntos mais comentados em Interlagos. Barrichello, de 39 anos, deseja continuar no próximo ano, no que seria sua 20a temporada na F1, mas a Williams tem conversado com possíveis substitutos para 2012. Em outras equipes há poucas vagas, se houver, que não exigem patrocínio para se fechar um acordo. Seu compatriota Felipe Massa, que vai completar sua corrida número 100 pela Ferrari no domingo e tem seu próprio futuro incerto para além do próximo ano, já aconselhou Barrichello a sair com a cabeça erguida, mesmo que seu amigo esteja relutante em abandonar as últimas esperanças. "Dei conselho de novo: de parar", disse Massa ao site especializado www.totalrace.com.br sobre Barrichello, que vai disputar sua corrida de número 323 em uma carreira que começou em 1993 e o levou 11 vitórias com a Ferrari e Brawn. "O que eu falei para ele, essa questão de parar, não foi no sentido de ‘você está velho, pare de correr'. Foi pensando exatamente a equipe dele, pensando o que está acontecendo na F1", acrescentou. "Hoje a gente tem doze equipes na Fórmula 1. Cinco ou seis pedem dinheiro dos pilotos, para correr. Isso é um absurdo, em minha opinião. É o que eu faria no meu caso. É que eu não consigo ver o Rubinho, depois de toda a carreira que ele teve, de tudo o que ele conquistou, pedir patrocínio para correr." Com a Williams vivendo sua pior temporada na F1 - a equipe teve seus dois carros na última fila do grid no GP passado em Abu Dhabi -- Barrichello não pode sonhar com mais do que apenas um ponto ou dois em seu circuito de casa. BRUNO SENNA Domingo também será um grande dia para Bruno Senna, o terceiro brasileiro em ação, que pode estar fazendo sua última aparição pela Renault e não tem nada garantido para o próximo ano, embora o polonês Robert Kubica tenha adiado seu retorno às pistas após sofrer uma acidente grave num rali no começo deste ano. "Temos tido conversas animadoras com os patrocinadores e com a equipe. Atualmente, é difícil um piloto chegar à Fórmula 1 se não trouxer um patrocinador ou fizer parte do programa de uma equipe. Sei que a Lotus Renault GP está contente com meu trabalho", disse Senna em entrevista coletiva na quarta-feira. "Fiz algumas boas corridas, outras nem tanto, mas a questão da falta de quilometragem faz diferença e foi entendida internamente." Questionado se Barrichello seria um de seus "inimigos" por uma vaga na Fórmula 1 em 2012, ele respondeu: "todos os pilotos que estão no mercado em busca de um assento são meus inimigos", disse, citando o próprio piloto reserva Romains Grosjean e o alemão Adrian Sutil, cujo futuro na Force India permanece indefinido. Já campeão, Vettel estará perseguindo o recorde de 15 poles numa mesma temporada, após já ter igualado as 14 de Nigel Mansell em 1992. Se ele conseguir isso, a Red Bull vai ampliar sua marca de equipe com mais poles em uma única temporada para 18. (Com reportagem adicional de Tatiana Ramil)

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